Prestação de serviços cai 4% em março e volta a ficar abaixo do nível pré-pandemia

Sob influência das medidas de isolamento social, setor registra o pior resultado desde abril de 2019; atividade recua 0,8% no 1º trimestre

  • Por Jovem Pan
  • 12/05/2021 11h40
Tomaz Silva/Agência Brasil Integrando os segmentos de bares, restaurantes e viagens, a prestação de serviço foi o setor mais impacto pelas medidas de isolamento social Integrando os segmentos de bares, restaurantes e viagens, a prestação de serviço foi o setor mais impacto pelas medidas de isolamento social

A prestação de serviços caiu 4% em março, na comparação com fevereiro, e voltou a ficar abaixo do nível pré-pandemia do novo coronavírus, em fevereiro de 2020, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados nesta quarta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Integrando as operações de bares, restaurantes, viagens e hotéis, o setor foi o mais impactado pela retomada das medidas de isolamento social impostas por Estados e municípios. Este foi o pior desempenho desde abril do ano passado, quando os serviços registraram o recuo histórico de 11,9%. Na comparação com março de 2020, o setor teve alta de 4,5%. O resultado eliminou a maior parte dos ganhos de 4,6% registrados no mês anterior e faz a prestação de serviço fechar o primeiro trimestre com queda de 0,8%, em comparação com os três primeiros meses do ano passado, a quinta queda seguida em comparações trimestrais. O segmento econômico registrou queda de 6,6% em março do ano passado, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses soma retração de 8%. “O setor mostrava um movimento de recuperação desde junho do ano passado e chegou a superar o patamar pré-pandemia. Mas, com a queda em março, encontra-se 2,8% abaixo do volume de fevereiro do ano passado”, afirma o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Das cinco categorias pesquisadas pelo IBGE, três apresentaram recuo. O destaque negativo ficou para a queda de 27% dos serviços prestados a família, o pior resultado desde abril do ano passado, quando registrou tombo de 46,5%. A categoria de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio registrou queda de 1,9%, enquanto a prestação de profissionais, administrativos e complementares retraiu 1,4%. Segundo o pesquisador, o resultado do mês é reflexo da retomada das restrições ao funcionamento de bares, restaurantes e comércios para conter o avanço da pandemia no país. “Foram menos impactantes do que março de 2020, mas suficientes para fazer o setor de serviço recuar e voltar ao patamar pré-pandemia”, afirma o analista.

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