Morre irmã do cantor Criolo, vítima da Covid-19, aos 39 anos

Cleane Gomes, que era professora e responsável pela ONG CapsArtes, deixa um filho de 12 anos

  • Por Jovem Pan
  • 08/06/2021 11h20 - Atualizado em 08/06/2021 16h22
Reprodução/Instagram/criolomc/casa_do_silencio/08.06.2021 Criolo sério e ao lado sua irmã, Cleane Gomes, segurando flores Cleane Gomes, irmã de Criolo, morreu após ser diagnosticada com Covid-19

A professora e artista circense Cleane Gomes, irmã do rapper Criolo, morreu vítima da Covid-19 no último sábado, 5, aos 39 anos. A informação foi confirmada à Jovem Pan pelo Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo). A mãe do artista, a poetisa Maria Vilani, também se manifestou nas redes sociais na última segunda-feira, 7. Nas redes sociais, Maria contou que o dia que a filha nasceu foi o mais feliz da sua vida dela, pois sonhava em ser mãe de uma menina e já tinha dois meninos –  Kleber (nome de batismo de Criolo) e Clayton. “Papai do céu me presenteou com dois meninos maravilhosos e depois de sete anos você chegou, depois de uma gravidez muito difícil, pois parecia que você não queria vir a esse mundo, mas aceitou a missão para me fazer feliz”, escreveu a mãe de Cleane em uma carta aberta à filha no Instagram.

A poetisa continuou sua homenagem falando das qualidades de Cleane, que deixou um filho de 12 anos: “Minha filha, você foi boa mãe, boa filha, boa irmã, magnífica tia, uma excelente amiga e professora, uma grande artista circense e cênica, artista plástica, compositora e poeta das boas. Dona de um coração maior que o corpo. Aprendi muito com você. Filha, você não está morta, muito menos sepultada, porque Deus, sendo toda bondade, justiça e amor jamais criaria seres perecíveis, você, como todos nós, é um ser eterno. Você é luz, e, ninguém consegue sepultar luz”. Por fim, Maria disse que não sente revolta pela pandemia e “nem pelo descaso do governo em relação às vacinas”, pois acredita que a filha cumpriu sua missão. “Seria egoísmo não aceitar a sua libertação.” Em nota, o Sindsep definiu Cleane como uma ativista cultural que, além de professora da rede municipal, era responsável pela ONG CapsArtes – Centro de Arte e Promoção Social do Grajaú. O sindicato se solidarizou com os familiares e amigos da professora e, ao homenageá-la, enfatizou: “Reafirmamos nossa luta por vacina para todos e todas”. A assessoria de imprensa de Criolo informou à Jovem Pan que ele não quer se pronunciar sobre o assunto.

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