Vacina experimental de Cuba mostra eficácia de 62% em testes

Informação foi dada pronunciamento na televisão estatal pelo diretor Instituto Finlay de Vacinas, Vicente Vérez

  • Por Jovem Pan
  • 20/06/2021 16h48
Banco de Imagens/Pixabay Bandeira de Cuba País soma 166 mil casos e 1.148 mortes pela Covid-19

A vacina experimental contra o coronavírus Soberana 02, desenvolvida pelo Instituto Finlay de Vacinas de Cuba (IFV), mostrou uma eficácia de 62% na análise preliminar da terceira fase de ensaios clínicos, relataram neste sábado, 20, os cientistas responsáveis pela pesquisa. O diretor do IFV, Vicente Vérez, declarou em pronunciamento na televisão estatal que a porcentagem foi obtida da análise intermediária dos resultados em voluntários que receberam duas doses da Soberana 02 com 28 dias de diferença. A fórmula, uma das cinco que estão sendo pesquisadas em Cuba, é uma vacina conjugada de subunidade, tradicionalmente muito segura, que combina o antígeno do vírus e o toxoide do tétano para estimular a resposta do sistema imunológico. O resultado anunciado hoje foi obtido por um comitê científico interdisciplinar independente, com profissionais do Instituto Pedro Kourí de Medicina Tropical, do Centro de Imunologia Molecular e do Ministério de Saúde Pública. Falta agora ser publicado o resultado do segundo esquema utilizado nos ensaios clínicos, que consiste em duas doses de Soberana 02 e uma dose de Soberana Plus. Os cientistas do IFV disseram que nos próximos dias solicitarão autorização para o uso emergencial da Soberana 02 ao Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (CECMED), o órgão regulador na ilha.

Uma vez aprovada para uso emergencial, a Soberana 02 adquiriria oficialmente a categoria de vacina e se tornaria a primeira contra a Covid-19 desenvolvida na América Latina. A terceira fase de testes clínicos da vacina experimental, realizada inteiramente em Havana com um protocolo duplo-cego e grupo placebo, incluiu 44.010 voluntários de 19 a 80 anos de idade. Uma terceira fase de estudos também foi realizada em paralelo no Irã, sob um acordo com o Instituto Pasteur do país persa, que acaba de anunciar que no início da próxima semana poderia autorizar seu uso emergencial.A ilha, que não adquiriu imunizantes estrangeiros, está passando desde janeiro por sua terceira e pior onda de infecções pelo vírus SARS-CoV-2. Até agora, foram registadas 166.368 infecções e 1.148 mortes por Covid-19.

*Com informações da EFE

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