STJ revoga prisão temporária de Galo, homem detido por incendiar estátua de Borba Gato

Líder dos Entregadores Antifascistas estava preso desde a quarta-feira, 28, quando se apresentou espontaneamente à Polícia Civil

  • Por Jovem Pan
  • 05/08/2021 13h57 - Atualizado em 05/08/2021 17h11
Reprodução/Instagram Paulo Galo Defesa de Galo considera que a prisão foi política e 'fundada da criminalização de movimentos sociais'

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou nesta quinta-feira, 5, pedido de soltura de Paulo Lima, mais conhecido como Paulo Galo. Galo, que também é conhecido por liderar o movimento dos Entregadores Antifascistas, estava preso desde a quarta-feira, 28, quando se apresentou espontaneamente à delegacia e admitiu participação no protesto que incendiou a estátua de Borba Gato. “Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres”, disse Galo após o incêndio.

A manifestação aconteceu no último dia 24 em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo. Além de Gato, a sua esposa Gessica Barbosa também foi detida, mas foi solta no último sábado, 30, após a juíza Gabriela Bertoli determinar na sentença que era inviável confirmar a participação da mulher no delito. Em depoimento à Polícia Civil, Gessica havia informado que, no momento da manifestação, estava em casa cuidando da filha de três anos. A defesa de Galo entrou com um pedido de habeas corpus logo depois que o desembargador Walter da Silva, do Tribunal de Justiça de São Paulo, decidiu que não havia elementos para revogar a prisão temporária. Para os advogados de Paulo Lima, a decisão da Justiça de São Paulo foi arbitrária e ilegal porque Galo estaria ajudando na investigação. A defesa ainda considera que a prisão foi política e “fundada da criminalização de movimentos sociais”.

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