Deputado apresenta projeto para tentar barrar candidatura de Lula

Proposta objetiva tornar inelegíveis os cidadãos condenados na Justiça, mesmo quando os processos forem anulados

  • Por Jovem Pan
  • 27/09/2021 10h04 - Atualizado em 27/09/2021 10h21
VITORINO JUNIOR/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ex-presidente Lula discursa Proposta de Junio Amaral precisaria ser aprovada na Câmara e no Senado, além de se ser sancionada pelo presidente da República até o próximo sábado, 02, para valer nas eleições de 2022

Um Projeto de Lei protocolado na câmara pode barrar a candidatura do ex-presidente Lula. O texto é do deputado Junio Amaral, do PSL, de minas gerais. Pela proposta, ficariam inelegíveis por oito anos cidadãos que já tenham sidos condenados à prisão, mesmo que o processo tenha sido anulado e a pena revogada. Em entrevista ao programa “Os Pingos nos Is”, o deputado Junio Amaral disse que o objetivo é impossibilitar a candidatura de condenados que conseguiram anular sentença apenas por causa de “formalidades” dos processos. “Mesmo que anteriormente ele tenha sido condenado e a condenação tenha sido anulada por uma questão processual, uma questão formal, continuaria valendo a regra porque poderosos acabam sendo beneficiados por essas decisões de miudezas num processo”, afirma Amaral.

O deputado nega que o alvo do projeto seja Lula, mas afirma que o ex-presidente é um dos principais beneficiários do que chama de “leniência” da Justiça. “Em regra, o cara que chega a ser condenado à prisão é porque já fez muita besteira, que já provou que não consegue viver em sociedade. Como a gente deixa que um cara que já provou isso possa não só retornar à sociedade, mas também, brevemente, após isso, já representar o povo?”, questiona. O ex-presidente Lula chegou a ser condenado em segunda instância no âmbito da operação lava-jato, mas as sentenças foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, o Supremo também declarou a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, nos casos envolvendo o petista. Para valer nas eleições de 2022, o projeto deve ser aprovado nas duas casas do Congresso Nacional e ser sancionado pelo presidente da República até o próximo sábado, 02 de outubro.

*com informações da repórter Camila Yunes

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