Empresas brasileiras perdem R$ 284 bilhões com debandada da equipe econômica

Ministério da Economia sofreu baixa de quatro secretários em meio à negociação de furo no teto de gastos para financiar o programa Auxílio Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 22/10/2021 07h56 - Atualizado em 22/10/2021 09h39
Foto: KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 21/10/2021 Celular com o logo da B3 na frente de um gráfico com a movimentação da Bolsa de Valores Nesta quinta, o índice Ibovespa caiu 2,75%, a 107.735 pontos, pior pontuação do ano

Os dados mostram que na segunda-feira, 18, com o fim do trabalho no mercado financeiro, as ações das empresas listadas na B3 somavam R$ 4,984 trilhões. Já no fechamento desta quinta-feira, 21, passaram a valer R$ 4,7 trilhões. O levantamento das perdas foi feito pelo serviço de informações financeiras “Economática”. Isso reflete perdas de R$ 284 bilhões em apenas três dias. O mal estar tem motivos, segundo especialistas: os movimentos da equipe econômica. O foco principal está na sugestão para furar o teto de gastos para financiar o programa Auxílio Brasil. Na quinta-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão disse acreditar que possa haver “boas soluções” para evitar o furo. Para ele, uma alternativa seria discutir os valores de renúncia fiscal. Outra oportunidade, segundo Mourão, estaria na PEC dos Precatórios. Já Henrique Meirelles, Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, disse que a mudança no teto leva a caminho ‘quase desastroso’ e descredibiliza o país. Vale lembrar que ele propôs o teto dos gastos quando ministro da Fazenda do governo de Michel Temer. Nesta quinta, o índice Ibovespacaiu 2,75%, a 107.735 pontos, pior pontuação do ano. Enquanto isso, o dólar fechou em alta de 1,92%, cotado a R$ 5,6651, maior índice desde 14 de abril.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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