Seremos o primeiro país a satisfazer os requisitos da OCDE, diz Guedes

Ministro da Economia afirma que o Brasil está à frente dos outros nos termos exigidos pela entidade

  • Por Jovem Pan
  • 28/01/2022 16h32
JOAO GABRIEL ALVES/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Ministro da Economia, Paulo Guedes Ministro Paulo Guedes voltou a criticar movimentos por reajustes salariais

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira, 28, que o Brasil será o primeiro país a cumprir com as exigências para entrar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A entidade oficializou na terça-feira, 25, o convite para que o país faça parte do processo de adesão. “O Brasil finalmente conseguiu entrar nessa lista de acesso. O ritmo normal é de três anos, eu tenho certeza que o Brasil vai correr mais rápido, porque estamos muito avançados em relação aos outros países”, afirmou o chefe da equipe econômica. Além do Brasil, foram convidados os governos de Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia. Não há previsão para quando o resultado será anunciado. Segundo o governo federal, o Brasil já cumpre com 103 dos 253 termos exigidos pela OCDE.

Guedes participou da apresentação dos dados do Tesouro Nacional que apontaram déficit de R$ 35 bilhões em 2021, o melhor resultado desde 2014. O chefe da equipe econômica voltou a criticar os movimentos de servidores por reajustes de salário e afirmou que o país ainda está em “guerra” em meio ao avanço da variante Ômicron. “Os professores fazendo aula à distância, quando podiam. Os alunos também em distanciamento social. Qual o sentido de pedir reajustes de salário? Mesmo agora quando temos essa crise ainda conosco, essa variante Ômicron, temos que ter cuidados com salários, ainda estamos em guerra, e temos que pagar por nossas guerras”, afirmou. O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta quinta-feira, 27, aumento de 33,24% para professores da educação básica.

O ministro rebateu as críticas de que o aumento da inflação contribuiu para a melhora do quadro fiscal e ressaltou as ações do governo federal para conter o aumento das despesas. “Houve muitas dúvidas, muitas críticas, acusações de populismo fiscal. Foram previsões completamente equivocadas, e o que temos agora é um resultado extraordinário”, afirmou. O ministro também voltou a criticar as previsões negativas para a economia brasileira e reforçou que as atividades voltaram em “V” — quando uma forte queda é seguida por um crescimento intenso. Segundo Guedes, o Produto Interno Bruto (PIB) poderia ser de até 7% em 2021 caso não fossem retirados os estímulos fiscais e monetários para reduzir o crescimento da inflação. “Muita gente está com os juros negativos, eles ainda vão ter que subir e vão crescer menos. Nós não, nossos críticos vão ter que fazer a revisão para cima do nosso crescimento”, disse.

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