Felipe Moura Brasil: Haddad tenta esconder PT, mas só fica mais petista
Jair Bolsonaro foi visitar nesta segunda (15) a tropa de elite da PM do Rio de Janeiro, o Bope.
Enquanto isso, Fernando Haddad mandava à cadeia seu preposto, o tesoureiro do PT Emídio de Souza, para receber as ordens do criminoso Lula, condenado pela Lava Jato.
Não é difícil entender por que Bolsonaro, com 59% dos votos válidos no Ibope, está 18 pontos, ou cerca de 18 milhões de eleitores, à frente de Haddad, que tem 41%.
Ainda que qualquer corporação esteja sujeita à existência de uma banda podre, entre mocinhos e bandidos, Bolsonaro prefere estar ao lado dos mocinhos.
Curiosa, no entanto, foi a explicação de Haddad para uma pergunta sobre a ausência de Lula nas peças de campanha no segundo turno e a mudança de cores do material, do vermelho petista para as da bandeira do Brasil.
“Não posso ser irresponsável de me isolar dentro de um quadro tão tenebroso quanto a eleição desse senhor.”
Isso mesmo: Haddad elogia sua tentativa de se descolar das imagens do PT e de Lula, desgastados pelo projeto criminoso de poder petista exposto pela Lava Jato, como um ato de responsabilidade para evitar a vitória de Bolsonaro, que ele chama de tenebrosa.
É o elogio do próprio cinismo.
Se o petismo deixa Haddad isolado, ele é responsável o bastante para isolar o petismo.
A estratégia se escancara em sua propaganda de TV, na qual ele diz: “Mesmo que você tenha votado em outro candidato no primeiro turno, eu quero conversar com você. Esta campanha não é de um partido. É de todos que querem mudar para melhor o nosso país.”
O mesmo Haddad que manda um preposto receber as ordens do presidiário Lula tenta convencer o eleitorado de que sua campanha nada tem a ver com o partido do mensalão, do dossiê dos aloprados, do petrolão, do financiamento de ditaduras socialistas com dinheiro do BNDES, das fraudes fiscais e de outros tesoureiros e ex-ministros presos.
Mas, sim, com o desejo de mudar para melhor o país… no caso, esse mesmo país que os 13 anos de governos do PT deixaram na pior, sem que os petistas pedissem desculpas.
É curioso: quanto mais Haddad tenta se descolar do PT, mais seu petismo transparece.
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