Itália deve aprovar lei sobre uniões civis homossexuais antes do fim do ano

Roma, 18 jul (EFE).- O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, afirmou neste sábado que o projeto de lei sobre as uniões civis entre casais do mesmo sexo deve ser aprovado de maneira definitiva “antes que acabe este ano”.

A declaração foi feita durante a abertura da Assembleia Nacional do Partido Democrata (PD, no governo) em Milão, na qual previu que o texto será aprovado antes do fim de 2015 para “fechar uma questão aberta na Itália há muitos anos e que exige uma solução definitiva”.

Deste modo, Renzi abordou o futuro deste projeto de lei que atualmente está bloqueado em uma comissão do Senado pelas milhares de emendas interpostas por legisladores contrários ao texto. Além disso, sua tramitação foi interrompida, já que deram prioridade à reforma da televisão pública, a “RAI”.

A responsável pelo texto é a senadora do PD Monica Cirinnà, e no mesmo está prevista a união de casais homossexuais sem empregar o termo casamento e sem contemplar a possibilidade de adotar filhos de maneira conjunta, entre outros aspectos.

São muitos os atores políticos do país que exigem do governo uma legislação para as uniões homossexuais, até o momento inexistente.

O subsecretário da presidência do Conselho do governo, Ivan Scalfarotto, permaneceu 20 dias em greve de fome para protestar devido a essa ausência de regulação.

O presidente da organização LGBT Equality Italia, Aurelio Mancuso, comemorou em comunicado as palavras do primeiro-ministro que, segundo sua opinião, põem fim a “meses de incerteza e diferentes interpretações”. EFE