Vice-presidente argentino e ministro do Interior são indiciados por corrupção
Buenos Aires, 3 out (EFE).- O vice-presidente da Argentina, Amado Boudou, o ministro do Interior e Transporte, Florencio Randazzo, e o titular da Administração Nacional da Seguridade Social (Anses), Diego Bossio, foram indiciados nesta sexta-feira por supostas contratações irregulares.
O procurador federal Ramiro González pediu a investigação sobre os contratos assinados pela pasta do Interior e pela Anses com empresas dos irmãos Eduardo e Edgardo Wassi, a avaliação da origem dos fundos recebidos e a determinação sobre de que maneira foram utilizados.
A denúncia foi realizada por Juan Ricardo Moussa, militante do Partido Justicialista e presidente da ONG Paso Argentina, por causa de uma investigação publicada no jornal “Perfil” que informou que o patrimônio da família Wassi “cresceu 1.024 vezes em dez anos”.
Segundo o jornal, Eduardo Wassi fundou uma companhia informática em 2003 e um ano depois ingressou na Dinatech, empresa com a qual obteve grandes contratos informáticos e de serviço técnico no Ministério do Interior, entre eles a instalação e manutenção dos centros de atendimento do novo documento nacional de identidade argentino.
Segundo o texto da denúncia, a Dinatech se transformou também em provedora da Anses “graças a Amado (Boudou)”, que foi gerente de Orçamento e Gestão deste organismo entre 2002 e 2003.
Boudou já está sendo processado por suposto suborno passivo e negociações incompatíveis com seu cargo em uma causa que investiga a suposta compra irregular da empresa de papel-moeda Ciccone.
Além disso, também está indiciado em outra causa por suposta falsificação da documentação de um automóvel de sua propriedade. EFE
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