Todos sabem da contribuição dos nossos militares para o Brasil, diz Temer
Temer voltou a dizer que, “em muitos rincões do País, as Forças Armadas são a única manifestação concreta da presença do Estado” “Por isso que eu digo que muito naturalmente cabe às nossas três Forças, também nos termos da Constituição Federal, a tarefa de Garantia da Lei e da Ordem”, disse o presidente, ressaltando que nos últimos tempos diversos Estados solicitaram a presença das Forças Armadas por meio da lei de Garantia e da Ordem (GLO).
O presidente usou o caso do Rio de Janeiro, que está sob intervenção federal na área de segurança, e afirmou que no Estado “temos tido mais um corajoso testemunho do profissionalismo e da abnegação dos nossos homens e mulheres de farda”. “São militares que estão nas ruas, avenidas, nas comunidades, cumprindo seu dever”, disse.
Temer afirmou ainda que “ninguém tem a ilusão de que uma medida específica, por mais bem planejada e abrangente que seja, vai solucionar da noite para o dia problemas que são antigos e estruturais”. “Mas o fato é que a ação das Forças Armadas no Rio de Janeiro, em coordenação estreitíssima com autoridades locais, já mostra resultados e confirma nossa convicção de que juntos seremos capazes de vencer aqueles que perturbam a tranquilidade e ameaçam o futuro dos brasileiros”, completou.
Promoção
Na cerimônia de hoje foram promovidos no total 69 oficiais-generais, sendo 18 da Marinha, 36 no Exército e 15 na Aeronáutica. Temer chegou acompanhado do ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, e da esposa do ministro. A primeira-dama, Marcela Temer, embora seja praxe estar presente, não compareceu à cerimônia.
No início de sua fala, o presidente afirmou que tinha a honra de participar mais uma vez de uma solenidade de promoção de oficiais-generais, destacou a importância das famílias dos militares e completou a fala ressaltando que “a promoção traz responsabilidades acrescidas”.
Temer citou que está na Constituição que as Forças Armadas são instituições permanentes e destacou ainda que são forças que “cumprem com sua missão de proteção”. “Prestigiamos a competência, a dedicação e o patriotismo dos nossos oficiais-generais. Atributos testados e comprovados ao longo de décadas de serviços prestados à nação”, afirmou.
Polêmica
Recentemente uma declaração do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, causou polêmica na véspera do julgamento no Supremo Tribunal Federal do recurso contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que foi interpretado por alguns como pressão no STF. Em mensagem no Twitter, Villas Bôas disse que o Exército compartilhava o “anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição”. Em outro trecho, ele perguntou: “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”, escreveu. Para os militares, entretanto, Villas Bôas teria se limitado a defender o cumprimento da Constituição e repudiado a impunidade, sem ter o objetivo de pressionar a Suprema Corte.
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