“Há 10 anos sofro bullying por estar na Record, mas estou feliz”, diz Maytê Piragibe

  • Por Jovem Pan
  • 17/02/2016 12h56

Atriz participou do Morning Show nesta quarta-feira (17)

Bruna Piva / Jovem Pan “Há 10 anos sofro bullying por estar na Record

Desde os quatro anos de idade no mundo artístico, Maytê Piragibe começou sua carreira no teatro, mas acabou se distanciando por conta dos trabalhos na TV. Neste mês a atriz voltou aos palcos com “A Serpente”, último texto escrito pelo aclamado dramaturgo Nelson Rodrigues.

“É um projeto que a gente inaugurou feito na raça e na coragem, uma produção coletiva em que nós estamos, literalmente, pagando para trabalhar, para dar a cara à tapa. Eu saio do meu lugar cômodo. É Nelson, né? Eu estava sedenta do teatro, a última peça que fiz foi há dez anos, a TV ocupa muito tempo”, contou em entrevista ao Morning Show nesta quarta-feira (17).

Até o fim de abril em cartaz no Teatro Nathalinha, no Rio de Janeiro, a densa trama se passa em um contexto familiar e aborda a paixão de duas irmãs pelo mesmo homem.

“Independente de classes, fala sobre relacionamento e como a gente pode ultrapassar esse limite do ciúmes, da possessão, e isso não tem posição social ou credo. Está sendo um desafio, porque eu interpreto a Guida, que é uma mulher insegura, louca, me deixa fora do prumo, ela é tudo o que eu rejeito. Então mergulho nela e aprendo, a gente sai transformada, isso que é bom da nossa arte, o grande barato é o processo criativo imaginário, a gente tem que criar aquela verdade para o público mergulhar.”, definiu.

Record

Há uma década na Record, a atriz fará uma vilã em uma das próximas produções da casa, “A Terra Prometida”, que deve estrear logo após a segunda fase de “Os Dez Mandamentos”.

“Estou muito feliz na empresa. Sou operária da arte, o que me chamarem eu tô fazendo. Fiquei cinco anos na Globo por contrato, mas a Record foi quem me trouxe estabilidade e desafios, e o ator almeja isso, né? Independente de qual veículo ou área, a gente quer retorno”.

Um dos trabalhos de maior destaque e, ao mesmo tempo, controverso por tratar-se de uma ficção, foi em “Os Mutantes: Caminhos do Coração”, de 2008, quando ela deu vida a uma vampira “do bem”.

“Foi muito difícil, primeiro porque era uma novela muito criticada, então você tem que entender para quem você está se comunicando, mas durou uma saga de três anos porque deu ibope a beça. E era o maior barato, a gente se divertia, era gargalhada no estúdio o tempo inteiro”, relembrou.

E a atriz garante, não se importa com os comentários maldosos: “Gente, há 10 anos eu sofro bullying por estar na Record, aí agora com ‘Os Dez Mandamentos’ e as novas contratações é que isso está mudando. Mas acho uma hipocrisia, é quase um ‘ah, você não tem opção’. Sou muito grata à Globo, mas estou na Record por opção, porque eu quero, tem um mundo aqui fora”.

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