Fla cobra posição do governo do Rio e revela ter acordo por concessão do Maracanã

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/12/2016 14h06
Rio de Janeiro - A seleção masculina de futebol do Braisl enfrenta a Alemanha pela medalha de Ouro nas Olimpíadas Rio 2016 (Fernando Frazão/Agência Brasil) Fernando Frazão/Agência Brasil Depois de ser palco do futebol nas Olimpíadas

O Flamengo divulgou nota oficial nesta terça-feira para cobrar uma posição do governo do Estado do Rio sobre a atual situação do Maracanã, que está sob administração da Odebrecht. O clube defende que ocorra uma nova licitação para poder comprar a concessão da empreiteira e revelou publicamente até já possuir um acordo para poder se tornar o novo gestor do estádio.

“Em 2016, o Governo do Estado foi um parceiro decisivo para que o Flamengo voltasse a atuar no Maracanã, na reta final do Campeonato Brasileiro. Agora, com o futuro do estádio sendo discutido e planejado, entendemos ser importante que o Governo do Estado, com quem sempre tivemos relação cordial e de confiança, se manifeste publicamente sobre seu papel no processo de transferência de controle do Consórcio Maracanã, da Odebrecht. Está sendo considerada uma nova licitação ou a possibilidade da venda do controle do consórcio para uma outra empresa/consórcio?”, questionou o Flamengo ao cobrar o governo, por meio do primeiro dos quatro itens da nota oficial.

Em seguida, sem citar o nome do grupo francês, o clube exibiu preocupação com a possibilidade de a Odebrecht repassar a concessão do Maracanã para a Lagardère por um valor que giraria entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões. A empresa francesa, que já administra várias arenas pelo mundo, foi a primeira e exibir interesse na concessão do mais importante estádio do Brasil quando a Odebrecht deu sinais de que poderia deixar de geri-lo.

“Na hipótese da venda do controle do consórcio, existe a necessidade da formalização do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão. As bases deste equilíbrio são fundamentais para a definição do valor do negócio como um todo. Um dos interessados na compra, através de seu presidente, afirmou à imprensa nesta segunda-feira que houve uma revisão do primeiro edital de licitação. Seria útil que o Governo do Estado tornasse público os termos dessa revisão”, afirmou o clube, para em seguida enfatizar: “Continuamos acreditando que a solução mais segura do ponto de vista jurídico é uma nova licitação”.

A Lagardère admitiu que poderia firmar uma parceria com o Flamengo se conseguisse ter sucesso em sua tentativa de assumir a administração do Maracanã, mas admitiu que o estádio poderia “sobreviver” de forma viável, e não altamente deficitária como é hoje, mesmo sem contar com o time de maior torcida do Brasil atuando no local.

Por temer essa possibilidade de a Lagardère assumir o controle do Maracanã em um modelo de gestão que não seria benéfico ou interessante para o clube em termos financeiros, o Flamengo agora está cobrando uma posição “transparente” do governo do Rio para que possa se tornar um dos administradores do estádio.

“Caso o caminho escolhido pelo Governo do Estado seja a transferência da concessão, estamos comprometidos com ele, desde que este processo seja absolutamente transparente e republicano. Para tal, o Flamengo tem um acordo satisfatório com um consórcio interessado em administrar o Maracanã, formado pela empresa CSM e seus parceiros, a GL Eventos e a Amsterdam Arena”, revelou o clube no último item do comunicado que divulgou nesta terça-feira.

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