Cinco erros de Ceni que Dorival não poderá repetir para salvar o São Paulo
Nem mesmo o passado de glórias como goleiro e a idolatria junto à torcida Tricolor foram suficientes para manter Rogério Ceni no comando técnico do São Paulo. As eliminações no Paulistão, Copa do Brasil e Sul-Americana, somada à péssima campanha no Campeonato Brasileiro, em que o time ocupa a 19ª posição na tabela de classificação, levaram a diretoria a demiti-lo na última semana.
O escolhido para substituir o “Mito” foi Dorival Júnior, que será apresentado nesta segunda-feira (10). Sua principal missão será evitar o rebaixamento. Difícil? Pelo atual momento do clube pode se dizer que sim, mas se o novo treinador não cometer os mesmos erros de seu antecessor, a tragédia poderá ser evitada ao fim do Brasileirão. A Jovem Pan apresenta cinco erros que Dorival Júnior não poderá repetir. Confira:
Defesa
Um dos maiores problemas do São Paulo de Rogério Ceni era o setor defensivo. A defesa sofreu e levou a torcida Tricolor ao desespero em alguns jogos. Em 37 jogos disputados na temporada, o time sofreu 42 jogos. Rodrigo Caio e Maicon, que acabou sendo negociado com o Galatasaray, não conseguiram parar os atacantes adversários. Fixar um jogador à frente dos zagueiros pode ajudar.
Falta de padrão
Com a ideia de um futebol mais ofensivo, inspirado nos times de Jorge Sampaoli, Rogério Ceni teve bons momentos em seus primeiros jogos na temporada. Mas, conforme os resultados positivos foram diminuindo e alguns jogadores saindo, o treinador passou a mudar o esquema de jogo do time. Dorival Júnior terá que encontrar a melhor formação para o Tricolor o mais rápido possível e dar uma “cara” ao time.
Insistir em jogadores que não rendem
Cícero foi contrato a pedido de Rogério Ceni para ser o homem de confiança no meio de campo Tricolor. A confiança era tanta que o treinador não conseguia ver que o jogador pouco rendia ao time. Sem pegada na marcação e velocidade para atacar, Cícero mais atrapalhou do que ajudou o São Paulo na temporada. Barrar jogadores como Cícero e colocar em campo aqueles que podem render mais será importante para tirar o São Paulo do Z-4.
Rebater o fracasso com estatísticas
Em muitas entrevistas coletivas pós-jogos, Rogério Ceni utilizava as estatísticas para justificar o fraco desempenho da equipe em campo ou tentar mostrar que o time estava evoluindo em sua visão. O ar arrogante e prepotente dos tempos de goleiro não foi deixado de lado na fase de treinador. Assumir os erros e falhas é mais importante do que apresentar números. É dessa maneira que o treinador encontrará a saída para os problemas do time.
Menos treinos “diferenciados”
Treinamentos no estilo videogame e baseados no futebol americano. Rogério Ceni tinha uma metodologia de trabalho “moderna” com o grupo de jogadores. No entanto, pelo que foi apresentado dentro de campo, parece que os treinos “diferenciados” não alcançaram os resultados desejados pelo treinador. Às vezes, um trabalho mais tradicional pode surtir efeito mais rápido. Justamente o que o São Paulo precisa neste momento.
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