Palmeiras repudia declarações de Jorginho, técnico do Atlético-GO, e aponta xenofobia

Declarações do técnico sobre Abel Ferreira viralizaram e clube alviverde se posicionou: ‘Não toleramos declarações preconceituosas que incitem a aversão a estrangeiros’

  • Por Jovem Pan
  • 17/06/2022 15h41
Reprodução/Twitter/sistemasagres Jorginho, do Atlético-GO, em entrevista coletiva Jorginho, do Atlético-GO, fez críticas a Abel Ferreira, do Palmeiras

O Palmeiras se manifestou nesta sexta-feira, 17, e demonstrou repúdio por sentir um tom xenófobo na declaração do técnico Jorginho, do Atlético-GO, que viralizou nas redes sociais um dia após a equipe paulista vencer o rival goiano por 4 a 2, de virada, no Allianz Parque, em São Paulo, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Depois do confronto, Jorginho participou de uma entrevista coletiva e fez críticas ao treinador português Abel Ferreira, do alviverde. “Não é à toa que não só ele, mas toda a comissão técnica vem sendo expulsa constantemente, porque falta esse tipo de respeito. Você bater palma para o árbitro é sacanear o cara. É uma coisa que me revolta como treinador, como brasileiro, ele vir no nosso país e estar desrespeitando nosso país, desrespeitando nossos árbitros, dizendo que o árbitro [Roman Abatti Abel] é cego, xingando de tudo quanto é nome e nada acontece”, disse.

Jorginho se referiu à confusão que ocorreu, por volta dos 30 minutos do segundo tempo, entre as duas comissões técnicas. O desentendimento rendeu a expulsão de auxiliares técnicos de ambas equipes. Para o treinador do clube goiano, porém, Abel Ferreira era o único em campo que deveria ser punido com o cartão vermelho. A diretoria do Palmeiras comentou o caso, em nota, nessa sexta-feira. “A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia com veemência as manifestações de cunho xenófobo que têm sido constantemente endereçadas à nossa comissão técnica. Nascemos pelas mãos de imigrantes que não somente fundaram um dos clubes mais vitoriosos do mundo, como também contribuíram com a formação da sociedade brasileira e da identidade nacional”, iniciou a nota.

“A nossa história de 107 anos foi construída por jogadores, profissionais e torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, sem distinção. Portanto, não toleramos declarações preconceituosas que incitem a aversão a estrangeiros. Nossos gramados não são feudos reservados a pessoas de um só país. Pelo contrário, neles há espaço para todos que tenham vontade e capacidade de melhorar o futebol brasileiro”, completou a nota palmeirense. Líder isolado do Brasileiro com 25 pontos, o Palmeiras volta a campo às 20h de segunda-feira, 20, contra o São Paulo, no Morumbi. O Atlético-GO é o 17º (13 pontos) e enfrenta o Juventude, em casa, no domingo, às 18h.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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