‘Treinar o Cruzeiro é uma grande oportunidade… Estou muito animado’, diz Ceni, às vésperas de estreia
Após 20 meses e três títulos à frente do Fortaleza, Rogério Ceni volta a encarar a ansiedade de iniciar um novo, e “grande”, desafio – de acordo as suas próprias palavras. Dois dias antes de estrear no comando técnico do Cruzeiro, o maior goleiro artilheiro da história do futebol concedeu entrevista exclusiva ao locutor Nilson Cesar, da Rádio Jovem Pan, e mostrou o apetite de um iniciante.
“Treinar o Cruzeiro, para mim, é uma grande oportunidade”, definiu o treinador, que foi apresentado na última terça-feira. “É um time acostumado a vencer, que chega em finais, ganha títulos… É um grande clube para se trabalhar”, acrescentou.
O momento, no entanto, é complicado. O clube mineiro enfrenta grave crise extracampo e, dentro das quatro linhas, também sofre. Venceu apenas um dos últimos 18 jogos e ocupa a 17ª posição do Campeonato Brasileiro – é o primeiro dentro da zona de rebaixamento.
Para piorar, o próximo compromisso é simplesmente contra o líder, Santos – o jogo, que marcará a estreia de Ceni, será no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Mineirão.
Todas essas questões, porém, só aumentam a fome do “wokaholic” treinador. “Estou muito animado para trabalhar, estou trabalhando bastante mesmo, todos os dias, em busca de opções e soluções para os problemas que temos”, afirmou.
Na entrevista exclusiva a Nilson Cesar, Rogério Ceni também fez um balanço da sua passagem pelo Fortaleza e revelou que tipo de mudanças pretende fazer no estilo de jogo do Cruzeiro.
Confira abaixo!
Você saiu do Fortaleza pela porta da frente. Como encara isso?
“Eu só tenho a agradecer ao Fortaleza, porque foi um período muito especial da minha carreira. Eu acho que ter ficado 20 meses à frente do clube e os atletas terem conquistado três títulos importantes para a história do Fortaleza é muito legal. A gente poder dar uma parcela de contribuição na parte técnica e em algumas ideias que, logicamente, foram executadas por todos… Ter podido ajudar e participar de alguma maneira foi muito bacana.”
Qual a sua expectativa agora no Cruzeiro?
“É um grande desafio, você pode ter certeza. Mas a gente vai fazer o melhor. Tanto nós, da comissão técnica, quanto os jogadores vamos tentar fazer o melhor pelo Cruzeiro, que vive um momento anormal para o que o clube sempre espera. Mas vamos à luta… Trabalhando bastante, muitas horas por dia, para tentar recuperar esse tempo perdido e também o curto prazo de preparação para os jogos.”
O Cruzeiro está em uma posição anormal nesse primeiro turno. O que você buscará no returno pra reverter essa situação?
“A gente vai tentar aliar aos jogadores mais experientes, mais rodados, que têm muita qualidade técnica, um pouco mais de juventude e velocidade, para moldar um pouco ao estilo de jogo que gostamos. É um lugar fantástico, um clube com uma estrutura muito grande. E, quando um clube grande entra nessa situação de zona de rebaixamento, sempre sofre um pouco mais. São as rodadas espaçadas, de fim em fim de semana, e mais ainda o jogo decisivo de Copa do Brasil… Mas estamos trabalhando dentro do tempo curto que temos, tentando acelerar alguns procedimentos normais de jogo para tentar sair o mais rápido possível dessa situação que é bem incômoda para um time como o Cruzeiro.”
O que representa para você treinar o Cruzeiro?
“Treinar o Cruzeiro, para mim, é uma grande oportunidade. É um time acostumado a vencer, que chega em finais, ganha títulos… É um grande clube para se trabalhar. O momento logicamente não é o mais propício, é um momento difícil. Estamos um ponto atrás do 16º colocado e a seis do 15º. Mas é um trabalho que vai demorar algum tempo para fazer com que essa diferença diminua. Não é uma coisa que vai acontecer em uma ou duas semanas. É mais longínqua. Estou muito animado para trabalhar, estou trabalhando bastante mesmo, todos os dias, em busca de opções e soluções para os problemas que temos.”
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