Jogadores do Chile repartirão premiação por vaga na Copa após polêmica

  • Por EFE
  • 18/11/2014 13h58
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Jogadores da seleção do Chile decidiram em reunião realizada nesta terça-feira repartir a premiação referente à classificação para a Copa do Mundo deste ano entre todos que participaram da conquista da vaga.

O goleiro e capitão da equipe, Claudio Bravo, anunciou o acordo em sua conta no Twitter, fato que deveria ajudar a encerrar uma polêmica que tem afetado o ambiente entre os jogadores e provocou várias críticas aos líderes do grupo.

“Hoje posso comunicar a todos que, de maneira unânime, decidimos solucionar o problema e pôr fim a essa ingrata situação. Cada companheiro que esteve no processo eliminatório receberá o que corresponde a sua participação”, afirmou Bravo, acrescentando que não nunca quis prejudicar os companheiros de profissão.

A polêmica começou depois das reclamações de vários jogadores, que não viram um tostão sequer dos US$ 2,7 milhões (cerca de R$ 7 milhões) dos prêmios recebidos, apesar de terem sido convocados a um ou mais partidas dos 16 encontros disputados pelo Chile nas eliminatórias na Copa do Brasil neste ano.

No princípio, o acertado era que o dinheiro seria distribuído entre os mais de 60 jogadores convocados durante a campanha chilena. Cada um receberia cerca de US$ 6,8 mil (R$ 17,7 mil) por convocação.

No entanto, uma comissão de jogadores, composta por Claudio Bravo, Gary Medel, Arturo Vidal e Jean Beausejou, decidiu na última convocação antes do Mundial que só receberiam o prêmio jogadores que tivessem sido chamados para um mínimo de seis partidas.

A decisão significaria a exclusão automática de 35 jogadores. No entanto, segundo versões da imprensa esportiva chilena, alguns atletas, como Jorge Valdivia e Mauricio Pinilla, receberam dinheiro por causa de sua amizade com os líderes do grupo, mesmo sem atender ao requisito.

As reclamações foram encabeçadas pelo volante Braulio Leal e pelo zagueiro Hans Martínez. Eles receberam o apoio do Sindicato dos Jogadores Profissionais (Sifup) e de vários ex-jogadores da seleção chilena.

Em um primeiro momento, Bravo se negou a falar sobre a polêmica, alegando que o assunto era interno. Mas, finalmente, resolveu se reunir com os demais jogadores e buscar uma solução ao problema, que ganhou grande repercussão.

Os detalhes sobre o acordo serão informados de maneira particular aos atletas prejudicados, disse Bravo. Um comunicado será enviado à imprensa e assinado por todos os convocados do amistoso do Chile contra o Uruguai hoje, em Santiago. 

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