Luxemburgo rejeita reciclagem de técnicos e incentiva reestruturação brasileira

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2014 15h43

Luxemburgo descartou "reciclagem" de treinadores do Brasil

Folhapress Luxemburgo avalia participação do Brasil

Afastado do comando técnico de uma equipe desde sua melancólica passagem pelo Fluminense, há um ano, Vanderlei Luxemburgo tem se dedicado à família. Mesmo assim, um dos principais nomes do futebol brasileiro fez questão de dar a sua avaliação sobre a participação dos donos da casa na Copa do Mundo.

Em entrevista à JOVEM PAN, Luxemburgo mostrou irritação com a ideia, lançada por Carlos Alberto Parreira, de que os treinadores do país precisam passar por “reciclagem”, após vexatória derrota para a Alemanha, na semifinal, por 7×1. “O Parreira não pode falar algo assim, porque ele próprio está com 40 anos de Seleção, com todo respeito. Por que não foi feito algo lá atrás?”, afirmou.

Famoso defensor de longos projetos, Vanderlei se disse satisfeito com o atual pensamento que indica que o Brasil precisa exatamente deste tipo de planejamento. “A vida é feita de planejamento e de projetos. Sem isso você não chega a lugar nenhum. O problema da perda da classificação, não tem a ver com reciclagem, mas com a estrutura do futebol brasileiro. Não vejo problema nos treinadores brasileiros ou a parte tática”, explicou.

Quando o assunto é trazer um treinador estrangeiro para o time nacional, Vanderlei é incisivo: “é importante que o Brasil faça um intercâmbio de técnicos nos seus clubes, não na Seleção Brasileira. Outras mentalidades podem mostrar se podemos evoluir ou não. É fundamental que tenha. Um Mourinho ou um Guardiola para um grande clube, acho que seria fantástico, iria enriquecer muito”.

O tal questionado emocional da equipe também foi apontada como um ponto fraco do Brasil na Copa por Luxa: ”o aspecto emocional foi um dos pontos negativos que atrapalharam o Brasil. A partir do momento em que o Neymar teve a lesão e ficou fora, nós demos muita ênfase a isso, de jogar pelo camisa 10, esquecemos da força do conjunto da equipe. Foi um equívoco esse direcionamento”.

Sobre o algoz brasileiro, Luxemburgo não demonstrou qualquer surpresa por ter chegado a final: “sempre apostei na seleção alemã, vieram bem preparados, planejaram isso, tem jogadores de qualidade”.

Ouça a entrevista completa no áudio.

 

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