Tandara desabafa após punição de 4 anos por doping: ‘Condenada por algo que não fiz’

A jogadora de vôlei foi punida pelo uso indevido de ostarina, substância proibida considerada anabolizante, mas promete recorrer da decisão

  • Por Jovem Pan
  • 24/05/2022 10h19
EFE/EPA/MAST IRHAM Tandara Tandara foi medalha de prata com a seleção brasileira de vôlei na Tóquio-2020

A jogadora de vôlei Tandara usou suas redes sociais na madrugada desta terça-feira, 24, para se manifestar sobre a suspensão de quatro anos aplicada pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidoping na noite de ontem – a atleta de 33 anos foi punida pelo uso indevido de ostarina, substância proibida considerada anabolizante. Através de sua conta no Twitter, a oposta disse que está sendo “injustiçada” e que irá provar sua inocência. “Eu sempre fui movida a desafios e enfrentei muitas situações adversas durante a minha vida. Nunca me pronunciei abertamente sobre o caso do doping porque estava determinada a provar minha inocência, e ainda estou. Essa condenação é, particularmente, difícil pra mim porque estou sendo condenada por algo que não fiz e Deus sabe”, escreveu.

O teste positivo para o uso do anabolizante foi realizado antes do embarque da jogadora para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Tandara jogou normalmente o torneio na capital japonesa, um dos destaques da equipe de José Roberto Guimarães, e só foi impedida de atuar na semifinal, diante da Coreia do Sul, e final, com os Estados Unidos – o Brasil ficou a prata. Segundo a veterana, ela foi, na verdade, contaminada. “Eu tenho orgulho dos meus mais de 18 anos de carreira sem nenhuma mancha. Minha vida é o vôlei e quem me conhece sabe que não faria nada que pudesse destruir tudo isso que construímos em todo esse tempo. Apesar de termos provas mais do que suficientes que mostram que fui contaminada, tive uma condenação injusta, desproporcional e precedida de um estranho vazamento de um processo que deveria ser sigiloso”, alegou.

Desta forma, Tandara promete entrar com o processo junto à Corte Arbitral do Esportes (CAS ou TAS) e aguardar novo julgamento para provar sua inocência. “Infelizmente, o entendimento da Primeira Câmara do TJDAD é incompatível com a melhor jurisprudência internacional. Em todo o caso, vamos recorrer ao Plenário para que a justiça seja, de fato, reestabelecida. Respeito, mas não concordo com essa decisão de hoje. Lutarei, como sempre fiz, para provar minha inocência. Agradeço o carinho e o suporte de todos nesse momento. O sentimento de injustiça é angustiante, mas com a ajuda de todos vocês vou superar esse momento e transformar essa situação em combustível para vencer mais essa batalha”, finalizou.

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