Alemanha cogita cortar recursos para países não solidários aos refugiados
O ministro de Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, afirmou nesta terça-feira (15) considerar necessário começar a discutir “medidas de pressão” contra os países que se negam a participar da distribuição equitativa de refugiados dentro da União Europeia (UE).
“O fato é que estamos longe de uma cota de repartição permanente”, lamentou em declarações ao programa matinal da televisão pública “ZDF”, logo depois de criticar os países que se negam a recebê-los.
Para os países, “não acontece nada, os refugiados simplesmente passam ao largo deles”.
Ele concordou com a proposta do presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, que se referiu à possibilidade de responder a estes países com um corte dos recursos vindos dos fundos estruturais comunitários.
Maizière lembrou que os estados que rejeitam a distribuição equitativa de refugiados são exatamente países que recebem grandes quantias dos fundos estruturais.
O ministro falou de um “comportamento insolidário de uma minoria” e lamentou que os ministros do Interior da UE não tenham conseguido alcançar ontem à noite “um resultado por unanimidade, só por maioria”, no que se refere à distribuição de 160 mil refugiados, dos quais só o número de 40 mil foi decidido formalmente.
A decisão sobre a repartição dos 120 mil solicitantes de asilo restantes foi adiada até a próxima reunião, em outubro.
Entre os avanços da reunião, Maizière citou o compromisso da Grécia de estabelecer os denominados “hotspots” – pontos de amparo primário para os refugiados, e o acordo para a definição de uma lista de países de origem seguros.
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