Americanos têm melhor opinião sobre Cuba em 20 anos, segundo pesquisa
Washington, 19 fev (EFE).- A opinião dos americanos sobre Cuba é a melhor dos últimos 20 anos, com uma avaliação positiva do país de 46%, segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo instituto Gallup.
Esta é a primeira enquete sobre Cuba desde que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou em dezembro o início das conversas para restabelecer relações diplomáticas com a ilha, rompidas há 53 anos.
Segundo a pesquisa, 46% dos americanos afirmou ter uma opinião favorável sobre Cuba, 8% acima do ano passado, um aumento que a pesquisa atribuiu à mudança de política.
“Este anúncio é provavelmente a razão principal do surgimento de uma sensação positiva em relação a Cuba”, disse o instituto, que considera que a ação do presidente “provavelmente torna mais aceitável” expressar uma opinião positiva sobre a ilha.
Em 1996, apenas 10% dos americanos tinha uma opinião favorável sobre Cuba, ano em que os Estados Unidos reforçaram o embargo contra a ilha quando o Congresso aprovou a Lei Helms-Burton.
Desde então, a porcentagem dos americanos com um ponto de vista positivo sobre Cuba se manteve em uma média de entre 20% e 30%.
No entanto, embora os americanos nem sempre vejam Cuba com bons olhos, expressaram “consistentemente” seu desejo de que se restabelecessem as relações, rompidas em 1961 após a oposição dos EUA ao regime comunista de Fidel Castro.
“A maioria dos americanos se mostrou favorável ao restabelecimento de laços diplomáticos durante mais de quarenta anos”, afirmou a consultoria, que indicou como exceção o ano de 1996.
A intensificação do embargo fez com que o apoio à aproximação caísse para 40%, número que aumentou em 1999 e se manteve em torno de 60%.
Enquanto ao fim do embargo, 59% se expressou a favor de terminá-lo, número mais alto desde que o instituto incluiu esta pergunta em seu questionário, em 1999.
A maioria dos americanos (59%) também foi partidária de acabar com as restrições de viagem a Cuba, contra 30% que se opõe ao fim da medida.
A pesquisa foi realizada entre 8 e 11 de fevereiro com um grupo de 837 adultos, e tem uma margem de erro de quatro pontos percentuais. EFE
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