Análise: após atentados de Paris, potências mundiais devem reequilibrar forças no combate ao EI
Os correspondentes Jovem Pan Caio Blinder (Nova Iorque) e Ulisses Neto (Londres) e o historiador Marco Antonio Villa discutiram na manhã desta segunda (16) sobre os efeitos geopolíticos dos atentados de Paris.
Há certa perscpectiva de acordo entre a Rússia e os EUA para combater o Estado Islâmico, mas também existe divergência quanto ao papel de Bashar Al-Assad nessa transição.
Putin quer o acodo que mantenha Assad no poder. Antes a França relutava em fazer ataques aéreos na Síria
A possibilidade agora é tratar isso como uma Guerra Mundial. O Estado Islâmico é o Hitler e Assad é visto como Stalin (aliado necessário), explica Caio Blinder.
Villa vê a ocupação territorial como única solução. Como é possível o Estado Islâmico exportar petróleo?, questiona. Alguém compra. Além disso, há o tráfico de armas.
Ulisses Neto destaca que a Rússia tem muitos interesses na Síria. Bashar al-Assad é o único aliado do Kremlin na região.
Blinder lembra que Assad representa uma minoria alauíta, sufla a animosidade de uma maioria dos sunitas. Todo mundo é contra o Estado Islâmico, até sunitas, como o Hamas, que condenou os ataques. Porém, tirar Assad significaria um vácuo no poder, instaurando-se possivelmente o mesmo caos visto após a deposição de Saddam Hussein.
Infelizmente quem fixa a agenda nesse momento é o Estado Islâmico, conclui o correspondente. Enquanto isso, os países ocidentais seguem reagindo aos atentados terroristas e não decidindo como agir.
Ouça a conversa completa no áudio do começo do texto.
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