Anistia Internacional vê Indonésia “na contramão da história”; brasileiro morreu com um tiro no peito
Indonésia regride nos direitos humanos ao executar seis pessoas, entre elas o brasileiro Marco Archer, todas condenadas por tráfico de drogas. A avaliação é da Anistia Internacional, que reforçou pedido de moratória à pena de morte no país asiático e em todo o mundo.
O brasileiro foi executado com um único tiro, disparado contra o peito, à meia noite e meia deste domingo, horário local – tarde de sábado, no Brasil.
O caso de Archer se arrasta desde 2003, quando foi preso tentando entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa-delta.
No país, o tráfico de drogas é punido com pena de morte e, neste domingo, em resposta às criticas de todo o mundo, o governo pediu respeito às leis locais.
Mauricio Santoro, assessor de Direitos Humanos da Anistia Internacional, diz a Anchieta Filho que a Indonésia está na contramão da história. Santoro lembra que, mesmo nos Estados Unidos, apenas alguns estados aplicam a pena de morte como punição.
(Ouça detalhes no áudio acima)
Após o fuzilamento de Marco Archer, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reiterou a inconformidade do governo brasileiro.
O corpo de Marco Archer foi cremado ainda na madrugada de domingo, no horário local, e as cinzas serão trazidas para o Brasil.
O procurador-geral da Indonésia, Muhammad Prasetyo, afirmou que os condenados por narcotráfico continuarão sendo punidos com a morte.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.