Ao menos 12 pessoas são detidas em Paris por relação com atentados

  • Por Agência EFE
  • 16/01/2015 05h50

Paris, 16 jan (EFE).- Pelo menos 12 pessoas foram detidas na madrugada desta sexta-feira em diversos pontos da região metropolitana de Paris em uma operação policial relacionada com os atentados da semana passada, informaram fontes oficiais citadas pela emissora de rádio “France Info”.

As prisões na periferia da capital francesa foram realizadas pelo grupo de operações especiais da polícia, o RAID, segundo essa emissora.

Os investigadores trabalham na busca, tanto na França como no exterior, de cúmplices dos três terroristas mortos na sexta-feira, os irmãos Saïd e Chérif Kouachi, e Amedy Coulibaly.

O canal de televisão “BFM TV” indicou que oito detenções ocorreram em Grigny, uma cidade a 20 quilômetros ao sudeste de Paris, onde Coulibaly tinha vivido durante sua infância e sua juventude.

De fato, de acordo com “BFM TV”, seriam pessoas com antecedentes por delinquência comum, que suspeita-se que puderam ter prestado algum tipo de ajuda logística para a realização dos ataques, e em particular armas e veículos.

No entorno de Coulibaly, foi seguida em particular a pista de sua mulher, Hayat Boumeddiene, que no último dia 2 voou para Istambul, desde onde depois entrou na Síria junto a Mehdi Sabry Belhoucinne, irmão de Mohammed, um conhecido jihadista que em julho do ano passado tinha sido condenado na França por seu envolvimento em uma rede de recrutamento de combatentes.

De fato, há elementos que atestam que o próprio Coulibaly esteve em Madri pelo menos em 1 e 2 de janeiro e, de acordo com o jornal “Le Figaro” encontrou na capital espanhola com Mohammed Belhoucinne, que viajou com sua mulher e seu filho.

O jornal acrescentou que é possível que este último também tenha ido para Síria.

Por outro lado, a estação do Leste de Paris foi evacuada nesta manhã por um alerta de bomba. A região de Paris está no nível mais elevado do plano antiterrorista Vigipirate, o que se traduziu no desdobramento nesta semana de 10 mil militares e 4,7 mil policiais e gendarmes suplementares em toda França. 

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