Aviões militares britânicos iniciam primeira missão no Iraque
Londres, 27 set (EFE).- Dois aviões militares britânicos iniciaram neste sábado sua primeira missão no norte do Iraque contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou um porta-voz do Ministério da Defesa do Reino Unido.
Dois aparatos carregados com explosivos guiados por laser e mísseis das Forças Aéreas Britânicas (RAF) decolaram nesta manhã da base área de Akrotiri, no Chipre, depois que o parlamento britânico aprovou ontem que o Reino Unido se some à ofensiva aérea no Iraque contra o EI.
O citado Ministério acrescentou que os dois aviões “se encontram agora prontos para ser usados em missões de ataque quando forem identificados os alvos apropriados”.
“Por razões de segurança, não vamos facilitar comentários continuados sobre seus movimentos”, indicou a mesma fonte oficial do Executivo, que acrescentou que o órgão informará “sobre as atividades (dos aviões) quando seja for adequado”.
O ministério não revelou se ambos aparatos militares realizarão missões de ataque no norte do Iraque e também não precisou quando será o retorno dos mesmos.
Durante uma visita ao condado inglês de Oxfordshire antes do início amanhã do congresso anual do Partido Conservador na cidade inglesa de Birmingham, o primeiro-ministro, David Cameron, afirmou hoje que o Reino Unido está “preparado” para desempenhar sua parte na ofensiva desdobrada contra o EI.
O político tory disse que o Reino Unido “faz parte de uma grande coalizão internacional” e ressaltou que essa coalizão é liderada pelo governo iraquiano, o governo legítimo do Iraque, e suas forças de segurança.
“Nós estamos aí para desempenhar nossa parte e ajudar a lidar com esta terrível organização terrorista”, declarou Cameron.
Em uma sessão extraordinária na câmara dos Comuns realizada na sexta-feira, um grande maioria de deputados -524 frente a 43- votou a favor que o Reino Unido participasse de uma ofensiva aérea no Iraque contra o grupo extremista.
O texto aprovado descartou por enquanto ataques britânicos na Síria, apesar de Cameron deixar aberta a porta a essa possibilidade ao assegurar que não existem “barreiras legais” para estender no futuro a operação militar a esse país.
O Reino Unido mantém no Chipre há várias semanas aviões de combate que colaboraram até o momento em missões de informação americanos.
Cameron ressaltou ontem que as tropas que combaterão no terreno o Estado Islâmico não serão britânicas, mas soldados curdos e o próprio Exército iraquiano.
O líder tory insistiu em que o EI é uma ameaça para os países ocidentais depois das execuções de dois jornalistas americanos e um voluntário britânico pelas mãos do EI. EFE
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