Berlim diz que 2,8 milhões de veículos foram afetados pelo escândalo da VW

  • Por Agencia EFE
  • 25/09/2015 14h41

Berlim, 25 set (EFE).- O ministro dos Transportes da Alemanha, Alexander Dobrindt, anunciou nesta sexta-feira que em seu país há cerca de 2,8 milhões de veículos afetados pelo escândalo da Volkswagen, que manipulou os dados de emissões de gases poluentes de vários modelos.

Em um comparecimento perante o Bundestag (câmara baixa alemã), Dobrindt confirmou que entre os veículos manipulados estão os carros de passeio com o motor EA 189 de 1,6 litros e 2,0 litros, assim como caminhonetes com esse equipamento.

Além disso, Dobrint indicou que atualmente está sendo verificado se houve violação também na versão de 1,2 litros deste motor.

O ministro, que destacou que “não há dúvidas” de que se trata de “uma manipulação técnica proibida” e “ilegal”, ressaltou que a Volkswagen é “responsável” por reparar os “danos” ocasionados aos consumidores.

O escândalo envolve “graves danos” para Volkswagen, a maior fabricante de veículos do mundo, mas também para seus clientes, por isso que a companhia deverá trabalhar para subsanar “danos” e recuperar a confiança dos consumidores.

Dobrindt lembrou, além disso, que foi iniciada uma comissão de investigação dentro de seu Ministério para esclarecer o assunto e ordenou endurecer os controles tanto aos veículos de empresas nacionais como aos de estrangeiras.

Os especialistas que compõem a comissão de investigação viajaram na quarta-feira a Wolfsburg, a sede central da Volkswagen na Alemanha, pela primeira vez para obter informação da empresa, que se mostrou disposta a cooperar, explicou o ministro.

A Volkswagen reconheceu que montou em 11 milhões de veículos um programa que identifica quando o turismo está sendo submetido a um teste e faz com que então o motor emita menos gases poluentes para cumprir com os limites das autoridades ambientais de diferentes países.

O escândalo, que foi revelado na sexta-feira passada, custou o posto do presidente do grupo Volkswagen, Martin Winterkorn. EFE

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