Airbus pagará mais de R$ 30 mi a grupo de familiares de vítimas de acidente com avião da TAM

  • Por Jovem Pan
  • 11/12/2017 11h47
Agência Brasil Agência Brasil Um grupo de 33 familiares será indenizado pela Airbus. Segundo a associação das famílias, esta é a primeira vez que a empresa irá pagar uma indenização pela tragédia

A fabricante do avião da TAM que explodiu após sair da pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 2007, irá pagar uma indenização de mais de R$ 30 milhões a um grupo de familiares das vítimas. O acordo foi homologado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Um grupo de 33 familiares será indenizado pela Airbus. Segundo a associação das famílias, esta é a primeira vez que a empresa irá pagar uma indenização pela tragédia.

De acordo com o advogado do grupo, a decisão de acionar a fabricante do avião só se deu pois existiam suspeitas de que a tragédia ocorreu por conta de problema técnico no avião.

Além deste acordo, foram pagos aos parentes um seguro obrigatório poucos anos após a tragédia e uma indenização complementar ordenada em outubro pelo Tribunal Regional Federal em SP.

O acidente

Eram aproximadamente 18h48 do dia 17 de julho de 2007 quando o Airbus A 320 da TAM, que vinha do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, tentou pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A pista estava molhada e, por causa de uma reforma recente, não tinha grooving (ranhuras, que facilitam a frenagem do avião). De acordo com as investigações, por um erro no posicionamento dos manetes, que determinam a aceleração ou reduzem a potência do motor, a aeronave não parou. Um dos manetes estava na posição de ponto morto (idle), mas o outro em posição de aceleração.

O airbus atravessou a pista, passou sobre a Avenida Washington Luís e bateu num prédio de cargas da própria companhia, provocando a morte de 199 pessoas.

A situação da pista gerava, segundo investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea, uma certa preocupação e desconforto para os pilotos que tinham que pousar em Congonhas, principalmente quando chovia, como era o caso do dia do acidente.

Além disso, segundo o relatório do Cenipa, que investigou todas as causas do acidente e apontou uma série de recomendações para prevenir futuros acidentes, outro problema foi que o avião operava com um reverso (sistema de freio aerodinâmico do motor) desativado (pinado), o que exigiria mais pista para parar a aeronave.

*Com informações de Agência Brasil

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