Autor do pedido do impeachment comemora decisão do STF, mas cita “ajudinha” de Lewandowski

  • Por Jovem Pan
  • 15/04/2016 12h18
Ananda Borges / Câmara dos Deputados Miguel Reale Jr. se pronunciou no plenário da Câmara dos Deputados pouco antes de falar à Jovem Pan

Um dos autores do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o jurista Miguel Reale Jr. comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal de manter a votação do pedido no plenário na Câmara para domingo (17). Ele, porém, alfinetou manifestação do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, de que os atos imputados a Dilma podem ser contestados judicialmente no momento certo: “houve uma ajudinha”.

Reale Jr. viu com bons olhos a posição do Supremo Tribunal Federal de rejeitar cinco pedidos de anulação da votação de domingo. As ações haviam sido protocoladas por deputados governistas e pela própria Advocacia-Geral da União.

O jurista entende que “deu tudo errado” para o governo. Ele avalia que o STF “demonstrou a licitude do processo do impeachment”, “que não é golpe”, uma vez que deixou o rito seguir no Legislativo

Ele contestou, porém, uma manifestação dada pelo ministro Lewandowski, já na madrugada desta sexta (15). Lewandowski afirmou: “Não fechamos a porta para uma eventual contestação no que diz respeito à tipificação dos atos imputados à senhora presidente no momento adequado”.

Reale Jr. reage: “houve uma ajudinha final do presidente (Lewandowski), que colocou na ementa matérias que não tinham sido efetivamente ventiladas no julgamento”.

Comemorando o apoio dos que são favoráveis ao impeachment de Dilma, Reale disse: “esse momento reproduz um País que entrou na política em cheio”.

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