Pai de vítima de ataque no PR faz apelo para famílias acolherem filhos que sofrem bullying

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2018 13h21 - Atualizado em 29/09/2018 13h43
Divulgação Divulgação O pastor Éder Facundo, pai de Bruno, uma das vítimas do ataque

O pastor Éder Facundo, pai de uma das vítimas do tiroteio que aconteceu numa escola do Paraná nesta sexta-feira (28), fez um “apelo” aos pais para que prestem atenção nos sinais dados por seus filhos. “Se a família não conseguir detectar o que está acontecendo, certamente o colégio não terá como”, afirmou em vídeo divulgado no Facebook.

Na sexta, um menino de 15 anos entrou armado no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira, e efetuou ao menos seis disparos na sala onde estudava. Ele disse que sofria bullying dos colegas. “Fica meu apelo para que a família possa fazer o papel dela de estar presente, de sondar o coração de seus filhos”, disse Éder.

Segundo ele, o garoto que entrou armado deixou uma gravação na qual afirmou que queria atingir os colegas. O filho do pastor, no entanto, não era um dos alvos.

Bruno Facundo, também de 15 anos, está com uma bala alojada na coluna. Além dele, outro aluno, cuja identidade ainda não foi divulgada, foi vítima do ataque. Bruno está internado no Hospital Trabalhador, em Curitiba, para onde foi transferido neste sábado (29).

No vídeo, Éder ainda informou que os médicos não pretendem retirar a bala. Ela atravessou a segunda vértebra lombar de Bruno, mas não lesionou o canal medular, por onde corre o líquido da medula. “Se isso tivesse acontecido, ele não andaria”, explicou o pastor. Se tivesse atravessa o osso, poderia ter atingido algum órgão, o que agravaria a situação. Dessa forma, Bruno deve ser encaminhado para a fisioterapia.

Espingarda e símbolos nazistas

A Polícia encontrou uma espingarda de pressão e recortes de revistas e desenhos com símbolo do nazismo na casa do atirador. O pai do jovem foi autuado por posse de arma e omissão de cautela na guarda.

Os pais disseram que sabiam do bullying e tentavam orientá-lo. “Ele falava que sofria preconceito por ser ‘gordinho’ e do interior, mas eu sempre conversei com ele a respeito”, disse a mãe, que não quis se identificar. “Nunca imaginei que isso poderia acontecer. Ele é um menino tranquilo, nunca teve problema na escola”, afirmou.

#FORCABRUNO

Publicado por Eder Samuel Facundo em Sexta, 28 de setembro de 2018

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