Filho de ex-deputado afirma que não ordenou depósito a contas de Cunha na Suíça
O economista Felipe Diniz negou em depoimento à Procuradoria Geral da República, no último dia 20, de ter mandado fazer um depósito de 1,3 milhão de francos suíços em uma conta na Suíça, da qual Cunha é beneficiário.
Ele disse desconhecer a existência de contas no exterior atribuídas ao presidente da Câmara e a existência de um empréstimo fechado por seu pai – ex-deputado Fernando Diniz (PMDB-MG), morto em 2009 – com Cunha.
A informação sobre o suposto depósito, feito por meio de cinco transferências, foi dada ao Ministério Público Federal em depoimento do lobista supostamente ligado ao PMDB, João Augusto Henriques. O depoente disse que não sabia quem era o destinatário do dinheiro e que fez o depósito a mando de Felipe Diniz.
Em depoimento, Felipe Diniz disse que “nunca” indicou para João Henriques um número de conta de Cunha, “muito menos na Suíça”. O presidente da Câmara disse não saber a origem do depósito, mas acredita que se trata do pagamento de um empréstimo que fez a Fernando Diniz. Apesar deste entendimento, Cunha disse que nunca cobrou o filho do ex-deputado sobre a dívida.
Para a Procuradoria Geral da República, o dinheiro não seria a quitação de um empréstimo, mas um pagamento de propina de contrato da Petrobras na África. Tais pagamentos são um dos ponto-chave que ligam Cunha ao esquema de corrupção descoberto na Petrobras.
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