Juiz Sérgio Moro dá mais 15 dias para investigação de Bumlai

  • Por Jovem Pan
  • 09/12/2015 13h12
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SÃO PAULO, SP, 27.10.2015: SERGIO-MORO - O juiz federal Sérgio Moro realiza palestra e responde perguntas de jornalistas durante o fórum de debates da The Economist, no hotel Grand Hyatt na zona sul de São Paulo, nesta terça-feira (27). (Foto: Jorge Araújo/Folhapress) Jorge Araújo/Folhapress Sérgio Moro

O juiz federal titular da 13ª vara criminal de Curitiba e responsável pelos julgamentos oriundos da Lava Jato, Sérgio Moro, decretou nesta quarta-feira (15) prorrogração de mais 15 dias para a conclusão do inquérito da Operação Passe Livre, a 21ª fase da Lava Jato, diz o site O Antagonista.

Moro, em sua decisão, determina que a Polícia Federal finalize a análise de documentos e mídias apreendidas com o pecuarista José Carlos Bumlai, preso nesta operação, antes do recesso do judiciário, agendado para começar no próximo dia 20.

A decisão vem em consonância com as expectativas do procurador Deltan Dallagnol, que revelou em entrevista exclusiva à Jovem Pan que o Ministério Público deve oferecer denuncia contra o pecuarista ainda em 2015. “Avaliaremos o oferecimento da acusação no momento apropriado, que está chegando, antes do fim do ano”, afirmou Dallagnol.

Bumlai está preso desde 25 de novembro, quando a Passe Livre foi deflagrada. O pecuarista pegou um empréstimo suspeito de R$ 12 milhões no banco Schahin. Investigadores avaliavam à época se a quantia poderia ter relação com uma dívida de campanha do ex-presidente Lula. O empréstimo em nome do PT passaria pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

O empréstimo, porém, não teria sido pago ao PT após acordo para que empreiteira grupo Schahin ganhasse contrato com a Petrobras para o navio Vitória 10 mil. Empréstimos do BNDES de R$ 500 milhões a duas famílias de Bumlai também são investigados.

Bumlai era conhecido por ter livre acesso ao Palácio do Planalto e intimidade com Lula, mas o envolvimento direto do ex-presidente não foi comprovado.

Questionado sobre a ligação, Dallagnol desconversou: “A Lava Jato não foca pessoas, foca fatos; buscamos detectar quais pessoas estão vinculadas a que fatos”. O procurador disse que o esquema em corrupção “está sob análise nesse momento”.

“Até esse momento, nós não fizemos nenhuma vinculação formal entre o ex-presidente Lula e esses fatos”, ressaltou.

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