Lula vai ao Senado acompanhar depoimento de Dilma no julgamento do impeachment
O criador acompanhará a criatura em seu ato final no calvário que ambos semearam em nome de um projeto eleitorald e poder. O ex-presidente Lula assumiu, nesta sexta-feira,26, que irá acompanhar a presidente afastada Dilma Rousseff na sessão de defesa, prevista para a apróxima sefunda-feira, 29, no Senado federal. “Conversamos com o ex-presidente Lula e ele disse que estaria aqui na segunda-feira para acompanhar o depoimento da presidenta Dilma e que, se fosse necessário, estaria à disposição para vir para Brasília no domingo”, disse o líder do PT na Casa, senador Humberto Costa (PE).
Lula deve assistir ao depoimento de Dilma em algum gabinete, e não no plenário, onde Dilma falará aos senadores.
No próximo domingo, 28, Dilma terá um encontro com senadores que a apoiam para acertar os detalhes de seu pronunciamento. Segundo Costa, não se trata de um treinamento para as perguntas que Dilma terá que responder. O líder petista diz que a presidente afastada conhece melhor que ninguém os argumentos que deve usar e não precisa ser orientada. “Quanto mais a presidente se sentir à vontade em dizer o que pensa e o que sabe, será melhor”, disse.
Catimba
Para o senador Romero Jucá (PMDB-RR), uma das principais lideranças do governo interino de Michel Temer, os senadores petistas têm adotado a estratégia de fazer um “jogo de catimba”, uma forma de tentar protelar a decisão do Senado. Segundo Jucá, a estratégia pode fazer a presidente perder votos contrários ao impeachment. “Eu, se fosse o PT, votaria logo, porque a tendência é eles terem menos de 20 votos do que tiveram na pronúncia”, calculou.
“Essa tática que o PT está usando é uma tática de quem trocou de marqueteiro. Agora o marqueteiro é uruguaio. Então é aquele marqueteiro que catimba, joga a bola para a torcida, briga, faz confusão para o jogo não terminar. Acho que esse jogo tem que terminar logo para o bem do povo brasileiro. Não adianta catimbar, o resultado já está previsto”, disse Jucá, fazendo uma comparação entre a votação do impeachment e um jogo de futebol.
O peemedebista disse estar convicto que Dilma Rousseff será definitivamente cassada na próxima semana e não teme que alguns senadores voltem atrás na decisão de votar pelo impeachment. “Os senadores representam os Estados e sabem o que pensa a população de cada Estado brasileiro. Portanto, não vejo nenhuma surpresa, espero que tudo transcorra com tranquilidade, com responsabilidade, sem baixarias, sem agressões. E que a gente possa, no final, coroar o Senado da República com uma votação que demonstre que o Brasil vai viver um novo tempo”.
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