PF prende presidente de estatal que administra o Porto de Santos

  • Por Jovem Pan
  • 31/10/2018 08h40 - Atualizado em 31/10/2018 09h53
Divulgação/Polícia Federal Polícia Federal desenvolve Operação Tritão e cumpre sete mandados de prisão temporária e 21 de busca e apreensão em São Paulo, Santos, Guarujá, São Caetano do Sul, Barueri, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (31),  a Operação Tritão contra fraudes em licitações da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), empresa estatal que é a autoridade portuária do Porto de Santos. São cumpridos sete mandados de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santos, Guarujá, São Caetano do Sul, Barueri, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília, expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Santos.

Entre os presos está o presidente da Codesp, José Alex Oliva. A estatal é ligada ao Ministério dos Transportes.

Além do mandado contra o presidente, estão sendo cumpridos mais seis de presão e 20 de busca e apreensão em São Paulo, Santos, Barueri, Guarujá, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília.

A ação envolve a Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas da União, a Receita Federal e o Ministério Público Federal.

Atuam na operação 100 policiais federais, 8 auditores da CGU e 12 servidores da Receita Federal. O nome da operação remete a Tritão, na mitologia grega, conhecido como o rei dos mares.

 

Licitações
Segundo as investigações, o grupo atuava em processos licitatórios das áreas de tecnologia da informação, dragagem e consultoria. As suspeitas de irregularidades surgiram com um vídeo postado na internet em setembro de 2016, no qual um assessor da presidência da Codesp confessava a prática de diversos delitos. O inquérito teve início em novembro de 2017.

Os autos apontam irregularidades em vários contratos, com fraudes envolvendo agentes públicos ligados à estatal e empresários, como contratações antieconômicas e direcionadas, aquisições desnecessárias e ações adotadas para simular a realização de serviços. Os contratos sob investigação somam mais de R$ 37 milhões.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, fraude a licitações, peculato e corrupção ativa e passiva, com penas de um a 12 anos de prisão.

*Com informações da Agência Brasil.

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