Prefeito de Manaus responde ofensas de Bolsonaro: ‘Strip-tease moral’

Em vídeo da reunião ministerial do dia 22, presidente chamou Arthur Virgílio Neto de ‘bosta’

  • Por Jovem Pan
  • 22/05/2020 20h53 - Atualizado em 22/05/2020 20h55
Jovem Pan Virgílio Neto também criticou o "criminoso boicote ao isolamento social" promovido pelo presidente, bem como "seu desprezo aos indígenas e apreço por garimpeiros"

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), chamou os insultos proferidos a ele pelo presidente Jair Bolsonaro em vídeo da reunião ministerial do dia 22 de “strip-tease moral feito por quem não tem a mais mínima condição de governar o Brasil”.

Bolsonaro chamou Virgílio Neto e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de “bostas”, e o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de “chorume”.

“Transforma a solenidade de uma reunião de Ministério em uma conversa de malandros de esquina. Quebra a liturgia do cargo. Vulgariza a instituição que deveria saber honrar. Exibe despreparo e me põe a questionar todos os presentes: como um ministro pode, sem se desmoralizar, conviver com uma pessoa dessa baixa extração? Que tempos! Que costumes”, escreveu.

Virgílio Neto também criticou o “criminoso boicote ao isolamento social” promovido pelo presidente, bem como “seu desprezo aos indígenas e apreço por garimpeiros”. “Trata-se de um ser despreparado, inculto e deseducado”, disse no comunicado.

“Nosso povo merece acatamento e não a submissão a uma liderança do submundo das ‘rachadinhas’ e das milícias, do submundo da ditadura e das torturas”, escreveu.

“Não gosta de mim? Que bom. Sinal de que estou no lado certo da vida. Também não gosto da ditadura que já nos massacrou e que ele gostaria de reviver. Daqui a pouco mais de dois anos, o país estará livre de tão diminuta e mesquinha figura”, concluiu.

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