Cabul acusa “agências de inteligência” estrangeiras por ataque a restaurante

  • Por Agencia EFE
  • 20/01/2014 11h06
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Cabul, 20 jan (EFE).- O Governo do Afeganistão acusou “as agências de inteligência” estrangeiras de estar por trás do atentado suicida de sexta-feira a um restaurante frequentado por estrangeiros, no qual morreram 21 pessoas, segundo um comunicado oficial enviado nesta segunda-feira à Agência Efe.

“Um ataque tão complexo não pode ser desenhado por talibãs comuns, por isso que sem dúvidas agências de inteligência situadas além de nossas fronteiras estão por trás de ataques tão mortais como esse”, disse o Conselho de Segurança Nacional.

Esse organismo, formado pelo presidente afegão, Hamid Karzai, e os ministros da Defesa e Interior, afirmou no entanto em nota que o ataque terrorista, no qual morreram 13 estrangeiros, está sendo investigado, e não identificou as “agências de inteligência” estrangeiras as quais acusam.

Entre os mortos pelo ataque figuram dois libaneses – um deles o chefe do FMI no Afeganistão, Wabel Abdullah -, três membros da ONU – um russo, um americano e um pasquitanês -, dois britânicos, dois americanos, um malaio, uma dinamarquesa e dois canandenses.

O palco do ataque foi um popular restaurante de comida libanesa situado na área onde se concentram a maioria de embaixadas e representações de organismos internacionais, e que é frequentado por estrangeiros durante o fim de semana.

Um porta-voz talibã, Zabihulá Mujahid, reivindicou no sábado a autoria do ataque em nome do movimento insurgente.

Em comunicado posterior, os talibãs explicaram que “o ataque foi como vingança pela operação das forças estrangeiras (na semana passada) na província de Parwan, onde arrasaram dez casas e mataram mulheres e crianças indefesas”.

Segundo as autoridades de Cabul, pelo menos oito civis morreram na operação de Parwan, liderada pelas tropas afegãs mas na qual participaram unidades das forças da Aliança Atlântica.

O ataque da sexta-feira é o mais mortífero que ocorreu em 2014 no Afeganistão.

O presente ano é o último com presença de tropas da Otan no país, de acordo com um calendário de retirada gradual que terminará em dezembro, quando as forças locais assumirão a segurança em todo o território afegão.

Esse processo não freou a atividade insurgente nem o espiral de violência no país asiático. EFE

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