Câmbio tende a se estabilizar e inflação deve ter redução “mais rápida” em 2016, diz ministro

  • Por Jovem Pan
  • 27/07/2015 15h13
BRASILIA, DF, 27.07.2015: DILMA-DF - Os ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil), Nelson Barbosa (Planejamento) e Gilberto Kassab (Cidades) durante entrevista coletiva após reunião de coordenação política com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta segunda-feira (27). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress) Folhapress Ministros Eliseu Padilha

Durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, realizada nesta segunda-feira (27), o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que o câmbio tende a se estabilizar. Segundo ele, a inflação deve ter uma redução “mais rápida” no ano que vem.

Pelo quarto dia seguido, o dólar apresentou um aumento. Perto de 12h35, a moeda tinha alta de 0,23% a R$ 3,3547 na venda. Na máxima da sessão, o dólar subiu 1,06% a R$ 3,38.

O ministro afirmou que é natural que os preços flutuem. “Neste momento é natural que os preços flutuem. Para isso, nós temos o sistema de câmbio flutuante. Nós temos confiança que os mercados vão se ajustar a esse novo cenário e a taxa de câmbio tende a se estabilizar. Em qual patamar ela vai se estabilizar, é o mercado que determina. Nós optamos já há muito tempo a trabalhar com o sistema de câmbio flutuante”, disse.

A entrevista coletiva foi dada com outros dois ministros, Gilberto Kassab (Cidades) e Eliseu Padilha (Aviação Civil) após reunião de coordenação política com a presidente Dilma.

Nesta reunião, que ocorre todas as segundas-feiras, Barbosa afirmou que um dos temas debatidos foi a revisão da meta de superávit fiscal, de 1,2% para 0,15% do PIB no ano passado.
Questionado sobre a reação do mercado ao anúncio feita na semana passada, o ministro explicou: “sobre a situação dos mercados, os mercados fazem o que os mercados fazem. Os mercados flutuam diante de novas informações, não só no Brasil, mas no resto do mundo”.

O ministro está confiante na aprovação, pelo Congresso Nacional, da redução da meta de superávit primário do setor público para 2105, que caiu de R$ 66,3 bilhões para R$ 8,7 bilhões. A revisão tem que ser ratificada pelo Congresso, que precisará aprovar emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015 e ao projeto da LDO do próximo ano.

Inflação

Sobre a inflação no país, Nelson Barbosa disse que há um aumento temporário, mas que as expectativas para o ano seguinte indicam uma redução “mais rápida” da inflação.

“Estamos em uma fase de reequilíbrio, de ajuste. Durante essa fase, há um aumento da inflação e uma retração da atividade econômica, com flutuação de alguns preços. Mas a direção está mantida, a direção de reequilíbrio macroeconômico, de manutenção da estabilidade fiscal e monetária e, principalmente, a direção de recuperação do crescimento”, explicou.

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