Candidatos à vice-presidência uruguaia pedem diálogo, ganhe quem ganhar

  • Por Agencia EFE
  • 30/11/2014 15h49

Montevidéu, 30 nov (EFE). – Os candidatos à vice-presidência do Uruguai, Raúl Sendic, pela Frente Ampla (FA), e Jorge Larrañaga, pelo Partido Nacional (PN), afirmaram neste domingo a necessidade de fomentar o diálogo entre o novo governo e a oposição, seja quem for o ganhador das eleições que o país realiza hoje.

“Iremos instalar as pontes necessárias para que os temas estratégicos do país possam estar em debate e discussão entre o governo e a oposição permanentemente”, declarou Sendic aos meios de comunicação após votar em Montevidéu.

Por sua vez, Larrañaga, que votou na cidade de Paysandu, afirmou aos jornalistas que para “além do que ocorra hoje, terá que ser um governo de proximidade”.

Um total de 2,6 milhões de uruguaios estão habilitados para votar nos 6.948 locais distribuídos em todo o país.

A chapa presidencial do FA liderada por Tabaré Vázquez e Raúl Sendic tem, de acordo com todas as enquetes, uma ampla vantagem nas intenções de voto (53% frente a 38%) sobre as do PN de Luis Lacalle Pou e Jorge Larrañaga. A que obtiver a maior quantidade de votos será a ganhadora sem a necessidade de superar qualquer porcentagem mínima de apoio popular.

Caso seja a do FA, Sendic considerou que a matriz produtiva, a infraestrutura e a educação, “principalmente em nível da educação do ensino médio” serão os maiores desafios que o próximo governo terá que abordar. O candidato frenteamplista a vice-presidente afirmou que, a respeito de uma eventual vitória de seu partido, ainda não foi analisado se a oposição fará parte do gabinete, mas adiantou que há uma possibilidade.

Além disso, Sendic afirmou que acredita ser necessário realizar mudanças no sistema eleitoral, já que “com determinada diferença entre os partidos no primeiro turno, não deveria haver segundo”.

Em 26 de outubro, o FA obteve 47,9% dos votos e esteve perto dos 50% que lhe permitiria ter vencido a presidência de maneira direta. O PN conquistou 30,9% e, apesar de depois Lacalle Pou receber o apoio explícito do Partido Colorado, o outro tradicional e que somou 12,9% no primeiro turno, ficou sem margem para apelar e tentar tirar à esquerda do poder.

“Vou completar 15 anos no Senado e no período 2000-2005 ajudamos o país no governo de turno e desde 2009 também colaboramos com o governo e dialogamos sempre”, disse Larrañaga, para quem “o diálogo é fundamental para avançar e para que o país melhore”.

Trabalhar em educação, segurança e infraestruturas e melhorar o acesso à saúde serão os pontos-chave, de acordo com Larrañaga, na gestão do governo que vencer. EFE

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