China diz que não abandonará busca de avião desaparecido até encontrá-lo

  • Por Agencia EFE
  • 13/03/2014 10h03

Pequim, 13 mar (EFE).- A China não abandonará a busca do avião da Malaysia Airlines desaparecido no sábado passado com 239 pessoas a bordo, 154 delas chinesas, até encontrá-lo, assegurou nesta quinta-feira o primeiro-ministro Li Keqiang, em uma tentativa de pressionar as autoridades malaias.

“Enquanto restar um fio de esperança, não retrocederemos e continuaremos a busca”, disse Li, enquanto cresce a frustração e o mal-estar na China diante da falta de progressos na busca internacional liderada pela Malásia.

As declarações de Li foram feitas poucos depois de se informar que um satélite chinês captou imagens de “objetos flutuantes” que podiam ser destroços do avião.

No entanto, pouco depois o governo da Malásia enviou uma equipe à zona onde os objetos foram identificados e não constatou a presença de restos da aeronave.

Apesar dos percalços no rastreamento das águas do Mar do Sul da China e, desde ontem, da Península de Malaca, no leste e oeste da Malásia, respectivamente, Li prometeu hoje que a China averiguará “qualquer pista, por menor que seja”.

“Tanto o governo como o povo chinês esperam ansiosamente notícias, embora seja a menor migalha de boas notícias”, disse Li na única entrevista coletiva que concede no ano, após o término do encontro mais importante do regime comunista, a sessão anual da Assembleia Nacional Popular (legislativo).

O encerramento da reunião foi marcada pelo mistério que rodeia o voo MH370, quando se completam seis dias de desaparecimento e angústia para os familiares dos viajantes que estavam a bordo do voo da Malaysia Airlines.

Um comentário publicado hoje pela agência oficial “Xinhua” cobrou a “necessidade urgente” de melhorar a coordenação da busca e a divulgação de informações sobre o caso.

“Nesta corrida contra o relógio, existe uma necessidade urgente tanto de informações verídicas como de uma melhor coordenação”, disse o texto da agência oficial, que assegura que “a avalanche de rumores e a desinformação” levou às famílias “a uma montanha-russa sentimental”.

Esta situação -acrescentou a “Xinhua”- é “um segundo golpe” para os parentes, que contam as horas em um hotel de Pequim à espera de alguma pista que explique o ocorrido com o Boeing 777. EFE

tg/dk

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