CIA não descarta hipótese de terrorismo no caso do voo da Malaysia Airlines

  • Por Agencia EFE
  • 11/03/2014 14h43

Washington, 11 mar (EFE).- O diretor da CIA, John Brennan, definiu nesta terça-feira como “um mistério muito inquietante” o desaparecimento do voo 370 de Malaysia Airlines e não descartou a possibilidade de o avião ter sido alvo de um atentado terrorista.

“Não descartaria. De modo algum”, disse Brennan em uma conferência no Council of Foreign Relations de Washington.

O diretor do órgão de inteligência enfatizou que está estudando o caso “cuidadosamente” com a polícia federal americana (FBI), que enviou uma equipe ao país asiático, e as autoridades da Malásia.

“Nossos colegas malaios estão fazendo todo o possível para descobrir o ocorrido, mas claramente ainda é um mistério muito inquietante”, assegurou.

O avião da Malaysia Airlines, que havia saído de Kuala Lumpur com destino a Pequim e levava 239 pessoas a bordo, desapareceu em pleno voo há quatro dias sobre o Golfo da Tailândia, sem que por enquanto se tenha encontrado vestígios do aparelho.

Brennan declarou que “há muitas especulações atualmente, e várias reivindicações de responsabilidade (de um eventual atentado) que não foram confirmadas nem corroboradas”.

Por isso, explicou, “até que descubramos onde está o avião, não poderemos ter oportunidade de realizar algum tipo de análise legista que nos leve na direção certa”.

Os Estados Unidos investigaram o iraniano que, sob o nome de “Kazem Ali”, encomendou os bilhetes dos dois passageiros que viajavam com passaporte roubado no avião de Malaysia Airlines desaparecido na sexta-feira, para determinar se pertence a uma rede terrorista ou de tráfico de pessoas.

No entanto, as autoridades malaias desmentiram hoje que os dois passageiros que embarcaram no avião desaparecido com passaportes roubados fossem terroristas, dizendo que tentavam emigrar para a Europa, embora tenham ressaltado que consideram todas as possibilidades após estender a zona de rastreamento.

O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur à 0h41 hora local (13h41 de sexta feira de Brasília) e chegaria a Pequim seis horas de voo depois, mas desapareceu do radar uma hora depois da decolagem. EFE

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