Coalizão árabe lança ataques contra houthis no Iêmen após início de trégua

  • Por Agencia EFE
  • 11/07/2015 05h46

Sana, 11 jul (EFE).- Aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita deram sequência aos bombardeios contra as posições dos rebeldes houthis na capital do Iêmen, Sana, e em outras cidades do sul do país neste sábado, apesar do início da trégua humanitária.

Os primeiros ataques aéreos foram registrados duas horas depois do começo do cessar-fogo. A sede do Departamento de Engenheiros do Exército em Sana, sob controle dos houthis, foi bombardeada três vezes, constatou a Agência Efe.

A emissora houthi “Al Masira” informou que também foram registrados ataques em diferentes cidades do sul do país, como Áden, Lahej e até mesmo em Taiz, no sudeste do Iêmen.

Durante as horas prévias ao início do cessar-fogo – previsto para começar às 23h59 locais de ontem (17h59 em Brasília) -, a coalizão árabe intensificou suas ações e atacou diferentes posições dos houthis e das forças aliadas ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh em Sana, no centro e no sul do país.

A agência de notícias iemenita “Saba”, controlada pelo movimento rebelde, afirmou que pelo menos oito civis morreram em um ataque da coalizão contra a cidade de Al Hadira, na região de Sanhan, no sudeste da capital.

Em Shebua, no sul, os bombardeios também destruíram uma ponte que faz ligação com a província vizinha de Abian.

Embora tenham se comprometido com a trégua apoiada pela ONU após intensas negociações, ambas as partes expressaram suas dúvidas sobre o cumprimento do acordo e lançaram advertências aos rivais.

O líder dos houthis, Adbul Malik al Houthi, questionou se a Arábia Saudita e a coalizão irão respeitar a trégua humanitária, enquanto o general Ahmed al Asiri, porta-voz da aliança árabe, afirmou que só interromperá as hostilidades se os insurgentes também pararem de atacar.

Desde que começaram os bombardeios da coalizão no fim de março, mais de 3 mil pessoas morreram no conflito do Iêmen. Além disso, 1 milhão de pessoas tiveram que abandonar suas casas. EFE

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