Confiança da indústria fica estável em janeiro ante dezembro de 2017, revela FGV

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/01/2018 09h02
Pedro Revillion/ Palácio Piratini Pedro Revillion/ Palácio Piratini Segundo a FGV, mesmo com a estabilidade entre dezembro e janeiro, a maioria dos segmentos da indústria (12 de 19) registrou avanço no período

A confiança da indústria medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou em 99,4 pontos em janeiro, estável em relação a dezembro do ano passado, quando havia alcançado o maior nível desde janeiro de 2014 (99,6 pontos). Na métrica de médias móveis trimestrais, a confiança manteve a tendência de alta, ao avançar 1,2 ponto, para 98,8 pontos.

A coordenadora da Sondagem da Indústria, Tabi Thuler Santos, explica que a estabilidade em janeiro é resultado de movimentos de melhora das avaliações do setor sobre a situação atual, piora das expectativas e estabilidade do nível de utilização da capacidade instalada. “Essa combinação mostra que, apesar da evolução favorável dos meses anteriores, o ainda elevado grau de incerteza econômica torna o setor inseguro quanto à velocidade de recuperação da economia nos próximos meses”, avaliou.

Segundo a FGV, mesmo com a estabilidade entre dezembro e janeiro, a maioria dos segmentos da indústria (12 de 19) registrou avanço no período. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,4 pontos, para 100,9 pontos, ultrapassando a barreira entre pessimismo e otimismo (100 pontos) e alcançando o maior nível desde setembro de 2013 (102,4 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 2,4 pontos, para 98,0 pontos, retornando ao mesmo nível de novembro.

A melhor avaliação dos empresários sobre os estoques foi o principal fator a contribuir para a evolução do ISA em janeiro. A parcela de empresas que avaliam o nível de estoques como insuficiente caiu de 5,6% para 5,4%, mas a parcela das que o consideram excessivo caiu em maior proporção, de 9,1% para 8,0% do total.

Já a principal influência para a queda do IE no mês foi das expectativas em relação à evolução do total de pessoal ocupado nos três meses seguintes. Houve queda da proporção de empresas prevendo aumento no volume de pessoal, de 19,0% para 17,8%, e diminuição da proporção das que esperam redução, de 12,5% para 12,3%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) também ficou estável entre dezembro e janeiro, em 74,7%, o maior desde dezembro de 2015 (75%). Na métrica de médias móveis trimestrais, o Nuci avançou 0,1 ponto porcentual, também para 74,7%.

A edição de janeiro de 2018 coletou informações de 1.089 empresas entre os dias 2 e 25 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria da FGV ocorrerá em 28 de fevereiro de 2018 A prévia deste resultado será divulgada no dia 23 de fevereiro.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.