De 150 países, Brasil tem a 14ª maior taxa de juros do mundo

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2015 08h23

Bandeira do Brasil do lado de fora da sede do Banco Central REUTERS/Ueslei Marcelino Bandeira do Brasil do lado de fora da sede do Banco Central

A taxa de juros básica de uma economia é um forte indício da saúde econômica de um país. Ela define os juros aplicados em todo o mercado. Quanto maior a taxa, menos pessoas tomam empréstimos (porque é mais difícil, mais caro), menos dinheiro circula, o consumo diminui e a poupança aumenta.

Na noite desta quarta, O Comitê de Política Econômica do Banco Central (Copom) decidiu manter a taxa de juros em 14,25% ao ano, depois de sete aumentos seguidos. O órgão aponta que manterá os juros neste valor “por período suficientemente prolongado”. O objetivo é frear o consumo e segurar a inflação.

Mas qual é o tamanho desse valor comparado com os juros aplicados por todo o mundo? Sabemos que o Brasil tem um dos maiores juros do mundo. Mas, vendo os números, os 14,25% se mostram ainda mais excessivamente altos.

De acordo com o site Trading Economics, que avalia as taxas aplicadas atualmente por 150 países, o Brasil tem a 14ª taxa de juros mais alta do mundo. Ou a 137ª menor.

O ranking considera ainda a zona do Euro, composta por 19 países que adotam a moeda única, como apenas uma nação e uma taxa. Contando país por país, portanto, o Brasil estaria apenas em 155º entre os menores juros.

Apesar disso, o Brasil é a oitava nação mais rico do mundo. Entre os sete países mais ricos, somente China e Índia têm taxa maior que 1%. Somente a Índia passa de 5%. Ainda assim, o Brasil tem quase o dobro (14,25%) dos juros indianos (7,25%).

Taxas de juros das maiores economias do mundo

  • Estados Unidos: 0.25%
  • China:  4.60%
  • Japão: 0.00%
  • Alemanha (Zona do Euro): 0.05%
  • Reino Unido (Zona do Euro): 0.50%
  • França (Zona do Euro): 0.05%
  • Índia: 7.25%
  • Brasil: 14,25%

Os 13 países que têm juros maiores que o Brasil são: Ucrânia (que passa por vários conflitos bélicos civis há mais de um ano, com 27%), Belarus (25%), Malauí (25%), Argentina (23,86%), Gâmbia (23%), Gana (22%), Irã (21%), Haiti (20%), Venezuela (19,86%), Moldávia (19,5%), Uganda (16%), Afeganistão (15%) e Iêmen (15%).

O Brasil tem taxas maiores que países como Cazaquistão (12%), Quênia (11,5%), Angola (10,5%), Serra Leoa (9,5%), Etiópia (5%), Mali (3,5%) e Sudão (13,3%).

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