Desemprego sobe no primeiro trimestre de 2018 e atinge 13,7 milhões de brasileiros

  • Por Jovem Pan
  • 27/04/2018 09h40 - Atualizado em 27/04/2018 09h50
Edson Lopes Jr/A2AD Em um ano de retomada de atividade

O resultado trimestral do desemprego, considerando os meses de janeiro, fevereiro e março, teve a terceira alta seguida, chegando a 13,1% e atingindo 13,7 milhões de brasileiros, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

As altas no índice de desocupação, que começaram a ser medidas em novembro-dezembro-janeiro ocorrem após nove trimestres de queda do desemprego em 2017.

Com o resultado divulgado nesta sexta, o índice de desemprego volta ao patamar registrado entre abril e maio do ano passado.

Na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, janeiro a março de 2017 (13,7%), o índice de desemprego ainda apresenta queda de 0,6 ponto percentual.

O índice de 13,1% de desocupação representa um aumento de 1,4% em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2017 (11,8%).

Houve também uma queda de 408 mil empregados com carteira assinada e uma diminuição de 402 mil pessoas sem carteira assinada em relação ao trimestre anterior.

Renda

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.169 no trimestre encerrado em março. O resultado representa uma estabilidade (0,0%) em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 191,5 bilhões no trimestre até março, alta de 1,8% na comparação com igual período do ano anterior, revelou o IBGE.

Análise

Denise Campos de Toledo analisou a diferença do desemprego entre 2017 e 2018 é muito pequena após um ano da retomada de atividade econômica. “É mais um dado que confirma a desaceleração do crescimento no começo do ano”, disse, destacando piora de dados do serviço, do comércio e do índice de confiança dos empregados.

Mais dados do IBGE

A população desocupada (13,7 milhões) cresceu 11,2% em relação ao trimestre anterior (12,3 milhões). Já no confronto com igual trimestre do ano anterior, quando havia 14,2 milhões de desocupados, houve queda de 3,4%.

A população ocupada (90,6 milhões) caiu 1,7% em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2017, quando era de 92,1 milhões. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, quando havia 88,9 milhões de pessoas ocupadas, o crescimento foi de 1,8%.

Assim, o nível da ocupação (53,6%) caiu 0,9 ponto percentual frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2017 (54,5%). Em relação a igual trimestre de 2017, quando o nível da ocupação foi de 53,1%, a variação foi positiva (0,5 p.p).

Tipos de trabalho

O número de empregados com carteira de trabalho assinada (32,9 milhões) caiu 1,2% frente ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2017), uma redução de 408 mil pessoas. No confronto com o trimestre de janeiro a março de 2017, a queda foi de -1,5% (-493 mil pessoas).

O número de empregados sem carteira de trabalho assinada (10,7 milhões de pessoas) apresentou uma redução de -402 mil pessoas em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, cresceu 5,2% (mais 533 mil pessoas).

A categoria dos trabalhadores por conta própria (23,0 milhões de pessoas) ficou estável na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2017). Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 3,8% (mais 839 mil pessoas).

Força de trabalho

A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de janeiro a março de 2018, foi estimada em 104,3 milhões de pessoas. Esta população permaneceu estável quando comparada com o trimestre de outubro a dezembro de 2017. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve expansão de 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas).

O contingente fora da força de trabalho, no trimestre de janeiro a março de 2018, foi estimado em 64,9 milhões de pessoas. Este contingente permaneceu estável quando comparado ao trimestre de outubro a dezembro de 2017. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior houve, também, estabilidade.

Aumenta desemprego no setor privado

O contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada (excluindo os trabalhadores domésticos), estimado em 32,9 milhões de pessoas, caiu 1,2% (menos 408 mil pessoas) frente ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2017). Em relação ao mesmo trimestre de 2017, também houve queda: -1,5% (-493 mil pessoas).

De janeiro a março de 2018, o número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,7 milhões de pessoas) recuou em 402 mil pessoas. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve alta de 5,2% (mais 533 mil pessoas).

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