Petrobras anuncia aumento de 5% no litro da gasolina e de 8% no diesel

Valores serão cobrados das distribuidoras; em um ano, combustíveis já subiram quase 80%

  • Por Jovem Pan
  • 11/01/2022 12h41 - Atualizado em 11/01/2022 13h03
Roberto Gardinalli/Futura Press/Estadão Conteúdo Mangueira de combustível presa à bomba em um posto de gasolina Valores serão cobrados das distribuidoras a partir desta quarta-feira

A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 11, o primeiro reajuste nos preços da gasolina e do diesel em 2022. A partir desta quarta-feira, 12, o litro da gasolina será vendido para as distribuidoras a R$ 3,24, alta de 4,8% ante os R$ 3,09 cobrados até então. Já o diesel passará a ser R$ 3,61 o litro, aumento de 8% contra o preço atual de R$ 3,34. Em nota, a estatal ressaltou que a última elevação aconteceu em outubro do ano passado. Em dezembro, a Petrobras reduziu o valor do litro da gasolina em R$ 0,10. Em um ano, os combustíveis já subiram quase 80%. Em dezembro de 2020, o litro da gasolina custava R$ 1,84 aos distribuidores, diferença de 76% com o valor anunciado hoje. Já o preço do litro do diesel foi elevado em 78,7%, partindo de R$ 2,02 há 12 meses.

“Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, informou a empresa. “Dessa forma, a Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.

O grupo de combustíveis foi o maior responsável pela alta de 10,06% da inflação em 2021. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta manhã, a categoria teve aumento de 49%. A alta foi puxada pelo aumento de 62,2% do etanol — o item que mais sofreu com a variação de preços no ano passado —, seguido pelo avanço de 47,4% da gasolina e 46% do diesel. O avanço é justificado pela junção de aumento do preço das commodities, desvalorização do real ante o dólar e a crise hídrica enfrentada nos últimos meses.

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