Em uma semana, Farc fazem mais da metade dos ataques cometidos durante trégua
Bogotá, 30 mai (EFE).- As Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc) realizaram na primeira semana após a suspensão de seu cessar-fogo unilateral a metade dos ataques violentos cometidos durante os cinco meses da trégua, indicou neste sábado o Centro de Recursos para a Análise de Conflitos (Cerac).
O órgão, que estuda o conflito armado colombiano, revelou em levantamento que desde a última sexta-feira, quando a guerrilha encerrou a trégua, até ontem, foram realizados 57% do total de ataques promovidos pelo grupo desde o final de dezembro.
Entre eles, segundo os analistas do Celac, estão 12 ações ofensivas que contam com evidências documentais que provam que elas foram cometidas pelo grupo guerrilheiro.
“As consequências, por enquanto, são um policial morto, além de dez feridos: seis civis, dois policiais e dois integrantes das Forças Armadas”, indicou o órgão, acrescentando que mais de 40 integrantes das Farc já morreram em bombardeios ordenados pelo governo colombiano.
O Cerac destacou que as Farc cumpriram as previsões dos analistas ao “reiniciar sua violência mediante o uso de explosivos contra a infraestrutura do país”. Nos últimos sete dias, foram registradas seis explosões intencionais, três perseguições, uma emboscada contra a polícia, uma instalação de carro-bomba e uma ameaça.
Além disso, o órgão apontou que tem ciência de outros quatro combates com a polícia, nos quais não conseguiu determinar quem provocou os incidentes. Dois civis, três militares e quatro guerrilheiros foram mortos nos enfrentamentos.
As Farc suspenderam na última sexta-feira sua trégua, iniciada no dia 20 de dezembro do ano passado, após a morte de 27 guerrilheiros em um bombardeio da Força Aérea da Colômbia na noite anterior, na zona rural de um município de Cauca.
A operação, uma resposta à morte de 11 militares em um ataque do grupo armado há um mês, prosseguiu nos dias seguintes. Novos ataques aéreos deixaram pelo menos 40 membros das Farc mortos, entre eles dois ex-integrantes da delegação que negocia a paz com o governo colombiano em Havana. EFE
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