Embarcação símbolo da Frota russa do Mar Negro zarpa rumo ao Mediterrâneo
Moscou, 14 mai (EFE).- O Moskva, a embarcação símbolo da Frota russa do Mar Negro, zarpou nesta quinta-feira da base de Sebastopol (Crimeia) rumo ao Mediterrâneo, onde participará de exercícios conjuntos russo-chineses, informaram fontes navais.
O destróier lança-mísseis é um dos navios russos que farão parte da “Interação-2015”, as primeiras manobras navais conjuntas russo-chinesas nas águas do Mediterrâneo, que começarão no próximo domingo e terminam no dia 21 deste mês.
Segundo o Estado-Maior da Frota do Mar Negro, nestes exercícios participarão, no total, dez navios de ambos os países.
“A presença naval da China nesta região do mundo é um novo fenômeno nas relações internacionais, que tem a ver com o elevado nível de associação estratégica que se alcançou ultimamente entre Rússia e China”, disse o ex-secretário do Conselho de Segurança russo Andrei Kokoshin à agência “Interfax”.
Kokoshin, atual decano de faculdade de Política Internacional da Universidade de Moscou, destacou que com estes exercícios conjuntos a China mostra seu apoio político-militar à Rússia quando suas relações com os EUA e seus aliados estão em um momento difícil devido à crise ucraniana.
A Rússia anunciou planos para fortalecer consideravelmente sua Frota do Mar Negro, com base na península da Crimeia, anexada por Moscou em março do ano passado após a revolta na Ucrânia que tirou do poder o presidente Viktor Yanukovich.
“O programa de desenvolvimento da Frota do Mar Negro até o ano de 2020 prevê a incorporação de mais de 50 navios de diferentes classes”, afirmou ontem o vice-presidente da Duma (Câmara dos Deputados) da Rússia, Sergei Zhelezniak.
O deputado do grupo governista Rússia Unida disse que até o final de 2016 a Frota do Mar Negro contará com seis novos submarinos.
Acrescentou que o fortalecimento da frota “é um grande desafio para aqueles que se consideravam donos dos mares Negro e Mediterrâneo”.
“Recuperamos o controle sobre o Mar Negro, recuperamos o controle sobre o Mediterrâneo”, ressaltou o legislador. EFE
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