EUA dizem que os dois vídeos de decapitação não foram gravados ao mesmo tempo

  • Por Agencia EFE
  • 03/09/2014 21h06

Washington, 3 set (EFE).- As primeiras análises concluíram que o vídeo divulgado pelo Estado Islâmico (EI) com a decapitação do jornalista James Foley não foi gravado ao mesmo tempo do que mostra Steven Sotloff, informou o Departamento de Estado nesta quarta-feira.

“Determinamos que os vídeos não foram filmados ao mesmo tempo”, declarou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, que assinalou que segundo a informação dos serviços de inteligência o vídeo de Sotloff foi feito depois do de Foley.

Havia a especulação sobre se as execuções tinham ocorrido uma seguida da outra pela similaridade entre ambas e porque a pessoa que aparece com as vítimas parece ter o mesmo sotaque britânico. Desconfiava-se da possibilidade de o grupo jihadista ter guardado o vídeo de Sotloff com motivos propagandistas.

Jen Psaki, que se recusou a entrar em detalhes, afirmou que os serviços de inteligência estão analisando o vídeo para “saber o máximo possível sobre o que aconteceu, onde aconteceu, quando aconteceu e quem está envolvido”. A porta-voz confirmou as informações que alguns veículos de comunicação tinham dado de que Sotloff também tinha cidadania israelense.

O jornalista, oriundo de Miami, era judeu e foi para Israel em 2008, onde se radicou e fez pós-graduação no IDC Herzliya. Pouco se sabe da sua presença em Israel, já que, após ser supostamente capturado em agosto de 2013, toda a vinculação com este país foi apagada da rede a fim de impedir que a informação chegasse aos sequestradores.

Sotloff, de 31 anos, aparece no vídeo vestido com uma túnica laranja e ajoelhado junto a um terrorista, em um cenário desértico muito similar ao que aparecia nas imagens da decapitação de Foley. O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade de ambas as decapitações e agora ameaçou executar um cidadão britânico. EFE

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