Exército do Egito afirma que 17 militares morreram em ofensiva no Sinai

  • Por Agencia EFE
  • 01/07/2015 17h06

Cairo, 1 jul (EFE).- O Exército do Egito afirmou nesta quarta-feira que 17 militares e mais de 100 jihadistas da filial do Estado Islâmico (EI) no país morreram durante uma ofensiva realizada no norte da Península do Sinai.

Em pronunciamento feito na emissora estatal egípcia, o Exército indicou que entre os militares mortos há quatro oficiais. Os ataques começaram às 6h55 locais (1h55 em Brasília). Os enfrentamentos posteriores provocaram ferimentos em 13 soldados.

Outras fontes de segurança assinalaram que os combates provocaram ao menos 60 vítimas mortais, entre membros do Exército, da Polícia e também civis.

O comunicado das Forças Armadas acrescentou que os ataques ocorreram nas cidades de Sheikh Zayed e Rafah. Além disso, os terroristas utilizaram carros-bomba e armas de diferentes calibres.

A ofensiva foi reivindicada pela filial egípcia do EI, denominada Wilayat Sinai (Província do Sinai), cujos milicianos continuam enfrentando as forças de segurança na região.

O grupo terrorista afirmou em comunicado divulgado na internet que “os leões do califado atacaram de forma simultânea mais de 15 posições do Exército apóstata”. Também anunciou que eles tomaram o controle de várias dessas posições e repeliram a ofensiva aérea realizada pelo Exército.

Os atentados cresceram no Egito, principalmente no Sinai e contra as forças de segurança, desde o golpe militar de julho de 2013 contra o então presidente, o islamita Mohammed Mursi.

Esse fato coincidiu hoje com a morte de nove membros da Irmandade Muçulmana pelas mãos da polícia egípcia na cidade de Guiza, vizinha ao Cairo, entre elas o advogado do grupo e ex-membro do parlamento do país, Nassar al Hafi.

O vice-diretor da Polícia Judicial de Guiza, Mashdi Abdelal, disse ao jornal estatal “Al-Ahram” que houve uma troca de tiros entre quando as forças de segurança tentaram deter as vítimas.

O presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, declarou o norte da península como zona de exclusão militar, impôs o toque de recolher e impediu o acesso aos meios de comunicação. EFE

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