G7 pede ao Irã um papel “mais construtivo” na segurança do Oriente Médio

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2014 19h17

Bruxelas, 4 jun (EFE).- Os líderes do G7 pediram nesta quarta-feira ao Irã que desempenhe um papel mais construtivo na segurança do Oriente Médio, especialmente na Síria, e colabore para que a comunidade internacional possa verificar que seus programas nucleares não têm um fim militar.

“Convocamos o Irã a desempenhar um papel mais construtivo no apoio à segurança regional, em particular na Síria, e a rejeitar todos os atos de terrorismo e grupos terroristas”, declararam os líderes do Grupo dos Sete segundo as conclusões provisórias de sua cúpula em Bruxelas às quais a Agência Efe teve acesso.

Os Chefes de Estado e de governo dos países mais poderosos e industrializados do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá) concluíram a primeira sessão de um encontro de dois dias, centrado na crise russo-ucraniana e outros assuntos de política externa como a situação no Oriente Médio e diversos conflitos na África.

Em relação ao Irã, o G7 pediu a Teerã que contribua para alcançar uma solução diplomática à crise nuclear através dos trabalhos do grupo E3+3 (Alemanha, Reino Unido, França, EUA, Rússia e China).

“Instamos o Irã a cooperar completamente com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) na verificação das atividades nucleares do Irã e a resolver todos os temas pendentes incluindo, especialmente, aqueles relacionados com possíveis dimensões militares”, destacam em seu comunicado.

Por outra parte, o Grupo do que Sete manifestou seu “total apoio” ao trabalho dos Estados Unidos no conflito no processo de paz do Oriente Médio e reiterou que “uma solução negociada de dois Estados continua sendo o único caminho para resolver o conflito” entre Israel e Palestina.

Neste sentido lamentaram que as partes não tenham feito “maiores progressos” no processo de paz em curso e lhes convocaram a “exercer uma contenção máxima e evitar qualquer ação unilateral” que possa minar estes esforços pacificadores.

A Coreia do Norte também esteve na agenda dos líderes do G7, que condenaram “o contínuo desenvolvimento de seus programas nucleares e de mísseis balísticos” e exigiram seu fim ao regime de Pyongyang.

O G7 abordou ainda a situação no norte e no centro da África, especialmente os conflitos no Mali, Líbia e República Centro-Africana, e expressou seu total apoio às missões das Nações Unidas em colaboração com outros organismos internacionais.

Além disso, o G7 condenou o sequestro de 200 adolescentes na Nigéria por parte do grupo terrorista Boko Haram e insistiu “na necessidade de uma determinação sem precedentes” para abordar os problemas dos direitos da mulher. EFE

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