Governo assume erro por dizer que Nisman estava embriagado quando morreu

  • Por Agência EFE
  • 05/03/2015 16h50
EFE O procurador argentino Alberto Nisman foi encontrado morto em sua casa

O portal Infojus Notícias, vinculado ao Ministério da Justiça da Argentina, admitiu nesta quinta-feira que “cometeu o erro” de informar que o promotor Alberto Nisman tinha 1,73 grama de álcool no sangue quando morreu, uma informação que não provinha de comunicados oficiais.

“A informação – parte da qual já tinha sido divulgada por outros veículos de imprensa – foi dada por uma fonte do caso e, ao longo da tarde, retificada por outra”, explicou a agência de notícias jurídicas em comunicado.

A Infojus Notícias esclareceu que o álcool estava no estômago, por isso “não chegou a ser metabolizado” e “é pouco provável o estado de embriaguez”.

Já a juíza Sandra Arroyo Salgado, ex-mulher de Nisman, afirmou hoje em entrevista coletiva que “não havia presença de álcool no sangue” do promotor ao momento de sua morte.

Nisman, promotor especial do caso Amia, morreu em 18 de janeiro, com um tiro na cabeça, em circunstâncias ainda não esclarecidas, quatro dias após denunciar a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por suposto encobrimento aos suspeitos iranianos do atentado à associação judaica que deixou 85 mortos em 1994.

Embora as primeiras perícias tenham descartado a participação de terceiros, a causa continua sob a qualificação de “morte duvidosa”, e a investigação não apresentou provas conclusivas sobre as hipóteses de suicídio ou assassinato.

No entanto, Arroyo Salgado descartou hoje a possibilidade de um acidente ou suicídio e reiterou que Nisman “foi morto”. 

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